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  Silmar Vieira: o adeus ao ícone do rádio no Sul

commentJornalismo access_time19/03/2024 18:52

O jornalista e comunicador da Rádio Eldorado faleceu na manhã desta terça-feira (19), após lutar por três anos contra um câncer.

Caravaggio empata pelo Catarinense Sub-21

commentEsporte access_time18/03/2024 11:29

Azulão da Montanha segue liderando a competição.

Criciúma vence e está nas semifinais do Catarinense

commentCriciúma EC access_time18/03/2024 10:55

O Tigre recebeu o Hercílio Luz na noite deste domingo (17) no estádio Heriberto Hülse e venceu, de virada.

Mandetta sofreu queimadura dos holofotes

access_time16/04/2020 - 18:59

Se eu estivesse "no mundo da lua" e aterissasse aqui agora e assistisse a entrevista de "despedida" do ministro Luiz Henrique Madetta, facilmente intenderia porque ele saiu. O técnico estava político demais. Foi assim no seu discurso de saída. Parecia sentir-se num palanque, não numa mesa de rescisão de contrato. Acho loucura trocar o médico cirurgião quando o pacietne está sob a mesa e o bisturi já foi usado, mas Mandetta estava cegado pelos holofotes midiáticos. Não me parece que o presidente Jair Bolsonaro tenha demorado para fazer a substituição. Tivesse feito uma semana anrtes o que fez hoje ainda teria um ministro bem melhor cotado. Deu corda e esticou até o limite. O presidente segue correndo o risco, que agora é maior do que antes, enquanto Mandetta sai ainda com o saldo positivo das ações da prevenção. É provável que se tivermos menos casos de coronavírus ele invoque os seus acertos nas medidas adotadas até então, enquanto do contrário ele pode dizer que se estivesse lá as coisas teriam sido diferentes. Dos três, Bolsonaro, Mandetta e Tech, quem está na mira agora é o terceiro. Óbvio que todas as suas atitudes serão consideradas obediência ao presidente. Os acertos serão creditados ao presidente, os erros ao novo ministro.


A entrada de Júlia Zanatta no PL

 personJoão Paulo Messer
access_time13/02/2020 - 18:00

Não foi exatamente um ato festivo, nem tão representativo em termos de lideranças, mas Júlia Zanatta agora é oficialmente do Partido Liberal (22). Sua ficha foi abonada pelo senador Jorginho Mello, em ato no início da tarde desta quinta-feira em uma das salas do Interclass Hotel. Isso deve dar fim a um ambiente um tanto carregado, desde o a segunda-feira quando o senador presidente estadual da sigla sentenciou que a candidata do partido é a afilhada da família Bolsonaro.
À percepção de repórter que acompanha este tipo de evento eu diria que foi um ato menor do que se espera para um ano eleitoral e a entrada de alguém que se propõe a ser a principal candidata de oposição.
Mello justificou a decisão dizendo que ele fez pesquisas e que indicavam a Júlia bem melhor e que Jeferson Monteiro sabia que este seria o critério. Só o que ele não sabia é que a pesquisa já estava sendo feita e não em março como ele prometeu aos candidatos. “Não vou avisar os candidatos sobre quando vou fazer pesquisa”, disse. Esta tese me parece ser a estratégia que usa para dar menos peso à decisão tomada por fidelidade ao presidente Jair Bolsonaro cujo filho Eduardo pediu por Júlia Zanatta. Assim corta o brilho que o ato de hoje dá à reciprocidade que Mello espera em 2022 quando será candidato a governador.
Agora Júlia Zanatta terá que dar a largada ao trabalho de aglutinação do partido, já que a saída da ala Jeferson Monteiro está sacramentada. Eis outro ingrediente que me parece flagrante: a candidatura da Júlia deve ser mais descolada e menos dependente da campanha dos vereadores. Ela aposta no cabo eleitoral “Bolsonaro”. Se em 2018 Bolsonaro arrastou uma multidão e em Criciúma elegeu desconhecidos, o “tsunami” pode se repetir em 2020. É o que me parece ser a aposta de Júlia Zanatta. Por isso ela deve ter uma candidatura descolada dos valores de partido e de nomes locais. Insisto que a minha leitura é de ela faz um jogo do tudo ou nada, pois em caso de eleição estará consagrada, se perder para prefeito e o seu partido fizer votação pífia para vereador o problema não é dela.

Bolsonaro na eleição de Criciúma

 personJoão Paulo Messer
access_time10/02/2020 - 22:37

Era quase unanimidade no PL de Criciúma que Júlia Zanatta não seria candidata do partido e que na melhor das hipóteses, ela disputaria uma prévia, decidida por pesquisas, se ganharia ou não a vaga de Jeferson Monteiro. Mas ela tinha a palavra do deputado Eduardo Bolsonaro que tem a obediência política estratégica do senador Jorginho Mello, que é quem de fato decide as coisas no PL. Esta combinação bastou. Nesta segunda-feira, com medo de que uma outra candidatura, que não a de Júlia, avançasse, Jorginho tratou de antecipar o que dirá oficialmente quinta-feira em Criciúma: “A candidato a prefeita em Criciúma pelo PL é aquela que os Bolsonaro quiserem, e ponto”. O coordenador regional Márcio Búrigo só foi comunicado disso. Jorginho faz isso porque o objetivo do PL é eleger governador em 2022 e o que acontecer até lá é acessório.

Os pesos
Júlia Zanatta perderá não só muitos correligionários de PL, nem apenas será vista como quem entra pela porta dos fundos no partido. Ocorre que a sua confiança eleitoral não estava na gente do PL de Criciúma. Ela apenas precisa de um partido de aluguel para ser candidata e o PL ofereceu a vaga. Ela aposta no mesmo que aposta Jorginho Mello, na força dos Bolsonaro. Teremos Bolsonaro direto na propaganda eleitoral em Criciúma e quem sabe, um ou mais deles, presentes pessoalmente na rua em campanha pela Júlia.

Haja desafios
As dificuldades de Júlia Zanatta não param na indisposição que ela “comprou” ao ser imposta no PL. Sai de casa com a necessidade de fazer alguns ajustes, pois seu marido é lotado no gabinete do deputado Ricardo Guidi (PSL) e estava cotado para ser candidato a vereador pelo partido que é aliado do prefeito Clésio Salvaro (PSDB). Aliás, o sogro e admirador de Júlia, o vereador Júlio Colombo é alinhado ao prefeito e agora adversário da nora.

É do jogo político
Há duas formas de olhar o episódio “Júlia”. O primeiro é a imposição feita por Jorginho Mello por seus interesses na eleição de governador em 2022, quando pretende ter o apoio dos Bolsonaro. Por conta disso ele interfere na eleição de uma cidade. Ao eleitor isso pode parecer absurdo. O fato, entretanto, é bem mais comum do que se imagina. O segundo é aquilo que a política tem e não parece: “fidelidade”. Para ser fiel a Bolsonaro, Jorginho atropela o processo. Óbvio, espera a reciprocidade. Isso ocorre a toda instante, nem sempre tão aos olhos do eleitor.

Chamuscado
Na “paróquia” quem saiu muito chamuscado é o coordenador regional do PL, Márcio Búrigo. Ele não só teve que mudar o discurso aos seus, como teve que fazê-lo à grande massa. Na manhã desta segunda-feira ainda batia na tecla da sua estratégia como xerife do processo. A tarde teve que justificar o cumprimento da ordem e ver seus aliados despedindo-se do grupo. Aos que ficaram o que dirá agora? Que aguarda orientações de Jorginho ou da Júlia?

Coincidência
No instante em que conversava ao telefone com Márcio Búrigo, o senador Jorginho Mello estava em seu escritório com o agora ex-PL, Nícola Martins. Este deve ter feito suas reflexões sobre um episódio com Márcio Búrigo. E não é por uma discussão acalorada que tiveram em novembro do ano passado, mas também porque na antevéspera da convenção do PP, em 2016, Nícola foi tirado da lista de candidatos a vereador quando já tinha número e tudo. Naquela ocasião Márcio deu preferência a um pedido do então candidato a vereador e hoje deputado federal Daniel Freitas. Isso porque Nícola ficaria com o legado eleitoral de Sílvio Ávila Júnior, cujo eleitorado tinha muito em comum com o de Daniel.

A conta do IPTU da Jaguaruna

 personJoão Paulo Messer
access_time10/02/2020 - 22:22

A correção do IPTU gerou reclamação de veranistas ao longo de toda a extensão litorânea do município de Jaguaruna. É nesta faixa que a maioria dos fumacenses, donos de casa na praia, pagam a conta pelo segundo imóvel. Neste ano, todos foram surpreendidos com o “talagaço” na conta. A variação do imposto variou de caso a caso. Há os que saltaram de R$ 200,00 para mais de R$ 1.000,00. A prefeitura de Jaguaruna explica que isso ocorreu porque foi feito o que chamam de “Recadastro Imobiliário”, ou seja, a atualização do valor venal do bem. E o IPTU cobra no município de Jaguaruna 1,5 por cento do valor venal ano, sobre o terreno baldio e 0,75 por cento sobre o terreno com edificação. Neste último existem ainda várias faixas que contribuem para dar o valor venal. Assim, quanto mais vale o bem, mais IPTU ele paga. É óbvio que como esta atualização não era feita de 2006, a maioria das casas melhoraram o seu padrão e aumentaram muito seu valor venal. Automaticamente sobe o IPTU.

O cálculo
Para ser justo o dono do imóvel deve pegar o valor do seu imóvel e enquadrar na faixa de 1,5 por cento ou 0,75 por cento e calcular o seu IPTU. Teoricamente é isso que a prefeitura faz. Qualquer cálculo fora deste valor dá direito à reclamação. A questão é que quando é para avaliar em nosso benefício a tendência é jogarmos a conta para cima, quando é base de cálculo para pagar, jogamos para baixo.

Onde cobrar
O maior problema não deveria estar no valor pago pelo IPTU. Primeiro deveríamos saber se a cobrança é justa para todos, ou seja, se todos os imóveis do município estão avaliados de forma igual. Em segundo e mais importante é exigir as melhorias da infraestrutura municipal, pois este dinheiro é arrecadado para ser revertido em melhorias aos contribuintes.

Sempre tem treta
Entrevistei o prefeito Edenilson Montini da Costa sobre o IPTU “da Jaguaruna” na rádio Eldorado. Lá pelo meio da conversa ele soltou a indignação. Disse que existe movimento de protesto contra o aumento saiu de um contribuinte cuja casa estava cadastrada como sendo de madeira, piso único e para fins de moradia, mas que na verdade é de alvenaria, tem quatro andares e funciona além da residência um comércio.

Estratégia eleitoral
Para quem pensa que o prefeito cometeu um erro estratégico ao fazer a correção do cadastro imobiliário como fez, engana-se. Lembre-se que neste ano a correção pegou apenas os moradores da faixa litorânea, ou seja, boa parte dos que não são eleitores de Jaguaruna. A correção no restante do município ficou para um segundo momento. O resultado só será sentido no IPTU do ano que vem.

O ruído das vaias e as ameaças do silêncio

 personJoão Paulo Messer
access_time05/02/2020 - 08:00

Se olharmos pelo lado negativo o governador Carlos Moisés tem tudo para nunca ter desejado que viesse o ano de 2020. Observe: isso se olharmos pelo lado ameaçador. O ano começa com indícios de duas CPIs, que podem chegar ao impeachment e ameaças de greves e/ou crise com várias categorias. A prévia foi nesta terça-feira, quando ele esteve sob fortes vaias na Assembleia Legislativa. Menos ruidosas, mas mais perigosas, são as armadilhas que o aguardam no ambiente político.

Impeachment
Nos próximos dias a Assembleia Legislativa decide se dá ou não prosseguimento ao pedido de impeachment do Governador, da Vice-Governadora e do Secretário de Administração. Primeiro a questão técnica - a assessoria jurídica orienta - depois a decisão política - a Mesa Diretora decide se cria ou não Comissão Especial, que ainda fará o terceiro passo: aceitar ou não o processo. Se aceitar, instala a Comissão com nove deputados (um de cada bancada) e os três investigados são afastados. A partir daí, como atinge governador e vice, é o presidente da Assembleia Legislativa quem assume até o julgamento final em até 180 dias.

Detalhes
Há duas razões fortes para que eu não acredito que a denúncia prospere. A primeira é que o caso tem fundamento jurídico, mas praticamente nenhum apelo político. A denúncia é pela concessão de reajuste a uma categoria que tem argumentos jurídicos para pleitear isso. A outra é que se a cassação vier antes do fim do ano, teríamos uma nova eleição para governador e vice. Nela todos os catarinenses votam e todos podem candidatar-se. Se a cassação for a partir do ano que vem, só quem vota são os 40 deputados e qualquer eleitor pode candidatar-se.

Engatilhada
O deputado Kennedy Nunes (PSD) prepara um novo processo de impeachment. Este com grande apelo político. Desgaste certo ao governador, mas neste caso só contra ele. Trata-se da denúncia de “farras etílicas e gastronômicas” no Palácio da Agronômica. Esta conhecida como a CPI da Balada da Agronômica. Fio da meada para isso é que o governador pediu em dezembro gasto extra de R$ 150 mil para bancar as festas. A suspeita é que o governador use as dependências do palácio oficial para fabricar cerveja artesanal.

PT define Chico Baltazar candidato a prefeito

 personJoão Paulo Messer
access_time04/02/2020 - 22:22

Numa reunião que terminou pouco após às 21h desta terça-feira o Partido dos Trabalhadores em Criciúma decidiu que o seu candidato a prefeito será o militante histórico, advogado Francisco Baltazar. Havia uma década e meia que ele estava afastado da militância partidária. Participou do governo Décio Góes entre 2001 e 2004. Internamente concorria com o médico cardiologista João Carlos Mazzini Juliano, que foi vice na chapa com Fábio Brezola em 2016. Ele abriu mão em favor de Chico Baltazar.
O PT fará um evento político festivo na próxima segunda-feira, dia 10 de fevereiro, aniversário de 40 anos da sigla, para fazer o pré-lançamento.
A vaga de vice-prefeito fica aberta para conversas com outros partidos de esquerda. A partir de agora o PT começa a elaborar a lista de pré-candidatos a vereador. Não há certeza sobre a presença do nome do ex-prefeito Décio Góes entre os candidatos ao Legislativo. Por enquanto este assunto é especulação. Décio não esteve na reunião desta terça-feira, mas tem participado dos encontros petistas.
Candidatos
Efetivamente se trabalha com três nomes a prefeito em Criciúma: Clésio Salvaro (PSDB), Júlio Kaminski (DEM) e Chico Baltazar (PT). As candidaturas de Júlia Zanatta (sem partido) e Jeferson Monteiro (PL) estão em fase de construção.

Em Araranguá a corrida eleitoral cheia de incertezas

 personJoão Paulo Messer
access_time31/01/2020 - 18:11

As eleições 2020 em Araranguá apresentam um dos mais instáveis quadros de que se tem notícia. É pura areia movediça. Enquanto o atual governo corre contra o tempo para tentar reverter um quadro pouco favorável em virtude das dificuldades, que vem tendo para governar, a oposição está cheia de “minas” espalhadas pelo caminho. O prefeito Mariano Mazzucco (PP) recolhe as dificuldades dentro do governo, pois o seu vice Primo Menegalli Júnior (PL) abriu dissidência e pretende a reeleição mas não com o atual companheiro e admite até fazê-lo com o pai. Convenhamos, pai e filho na mesma chapa é jogo para lá de arriscado. Correndo por fora o candidato do governador, Ricardo Ghelere está com um problema enorme pela frente que herda dos tempos de administrador do Consórcio CISAMESC. O PT que teve prefeito até a gestão passada, pelo visto, terá que compor para fazer vereador. Assim, como em outras cidades, os petistas de Araranguá vão salvar o que puderem. O MDB parece não reconhecer a força que tem e as dificuldades para se entenderem começam dentro na própria sigla.
Assim como em outras cidades o jogo de Araranguá fica mais fácil à oposição quanto menor for o número de candidaturas. Se houver dois candidatos significa maior chance da oposição. A partir daí, quanto mais candidaturas, maiores as chances da reeleição.
Ricardo Ghelere garante que o problema do Tribunal de Contas do Estado não lhe afeta. É o que diz e o que terá que testar nas urnas. A família Primo Menegalli terá que convencer que o pai não esteja no jogo só até dois dias após a eleição. Enquanto isso o atual prefeito terá que convencer o eleitorado que o próximo governo será melhor do que o atual. Estas são as conclusões que me saltam aos olhos das possíveis três principais candidaturas. Neste jogo enxergo o MDB coadjuvante, apesar da força que tem.

Oque houve no caso da UTI???

 personJoão Paulo Messer
access_time31/01/2020 - 11:11

Nesta quinta-feira uma paciente do bairro Aurora em Içara necessitava de UTI. Nove dos 10 leitos deste tipo no Hospital São Donato, em Içara, estavam vagos, mas a Central de Regulação do Estado mandou a paciente para o hospital de Timbó (400 quilômetros). Graças a um médico cirurgião que “gritou socorro” através de uma mensagem do whastapp que o absurdo não aconteceu. Mas porque acontece um absurdo destes, como já houve recentemente em que uma paciente de Içara foi levada à Chapecó, quando havia vaga na sua cidade?
Ocorre que o Hospital São Donato já está habilitado pelos órgãos do Estado, mas ainda não recebeu a credencial federal, que deve ser fornecida pelo Ministério da Saúde. Assim, os leitos existem para o Estado, mas não para a União. Desta forma, quando surge a necessidade de internar o paciente o Estado “lava as mãos” e quer que o governo federal pague a conta. Se internar em Içara o Estado paga, se internar num hospital já credenciado nacionalmente o governo federal é quem paga. Simples assim.
Isso leva à conclusão de que para economizar dinheiro e para evitar futuros aborrecimentos com a responsabilização por pagar a conta a autoridade do Estado desconsidera os leitos de Içara. Foi o que ocorreu.
Diante da gravidade do caso o Secretário de Estado da Saúde telefonou ao diretor do Hospital São Donato anunciando que “vai rever” estes casos. Quer dizer, enquanto ninguém grita o paciente de UTI vai sendo jogado para dentro de uma ambulância e colocado a rodar pelas rodovias catarinenses. Se houver um médico como este de Içara a mulher é salva. Este médico salvou a paciente sem tocar a mão nela, apenas berrando pelo whatsapp.
SOS Saúde SC

Biro-Biro sem lero-lero

 personJoão Paulo Messer
access_time30/01/2020 - 18:00

“Em Nova Veneza o PSD tem quatro nomes de candidato a prefeito”;
“O PSD tem a garantia de que onde estiver, o PDT vai estar com ele”;
“Se a opção do PSD for para ser vice na chapa do PSDB, não será o “Géio” quem vai escolher o vice. É o partido quem vai indicar”.
Estas são algumas das muitas frases de afirmação ditas pelo presidente do PSD de Nova Veneza, vereador licenciado e agora Secretário Municipal da Agricultura, Eloir Minatto, o Biro Biro. Ele é categórico em afirmar que o partido tem posição clara e que o Caravággio não vai ficar fora da chapa majoritária. Todos os quatro nomes que o partido tem para concorrer a prefeito são daquele distrito. São eles: Biro-Biro, Zé Spillere, Élzio Milanez e Vanderlei Spillere. Destes só o Zé não pode disputar a vice. O discurso do PSD, entretanto, é de que terá candidato a prefeito e que se lá adiante as conversas com o PSDB evoluírem para mais uma vez o partido indicar o candidato a vice-prefeito, esta escolha é do partido e não do prefeito Rogério Frigo.

Com o PDT
O posicionamento do PSD não é novo, mas ganhou mais densidade na sua divulgação a partir de uma reunião realizada na noite desta quarta-feira com o deputado estadual Rodrigo Minotto e outros líderes do PDT. A reunião era para tratar do apoio peessedista ao candidato da chapa de oposição na Coopera, Odo Dal Toé. Nem todos os peessedistas aderiram, mas o presidente Biro-Biro sim. Já o vice-prefeito Zé Spillere teria saído da reunião deixando este entendimento, mas na manhã seguinte procurou tanto Dal Toé quanto o candidato da situação Valmir Rampinelli, para dizer que está livre e que não pretende mergulhar na campanha nem de um, nem de outro.

Dedo do PSD
Biro-Biro bate na tecla de que o PSD cumpriu todos os acordos com o PSDB até então e reclama que de boca pequena existia sim uma conversa de que em 2020 o candidato a prefeito da dobradinha seria do partido vice. Esta tese só não é cobrada mais fortemente porque o próprio PSD reconhece o potencial da candidatura de Géio Frigo. Mas o tom é forte que o prefeito é realizador, mas que todas as obras têm a digital do PSD.

Na coopera
O prefeito Rogério Frigo é considerado o peso decisivo em favor da candidatura de Valmir Rampinelli, na eleição da Coopera. Esta conclusão me foi feita numa leitura do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro. Tem lógica. Assim como tem muita lógica que a chapa de oposição com Odo Dal Toé carrega mais forte a digital da força do PDT do que propriamente o movimento cooperativista. A prudência de colunista recomenda que outros comentários a respeito desta eleição fiquem para após a eleição, isso para que a coluna não se transforme numa arma na mão de um e de outro.

Foi sem ter sido
O posicionamento do vice-prefeito Zé Spillere, que teria deixado nas entrelinhas de que apoiaria a candidatura de Odo Dal Toé, mas que na manhã seguinte deixou claro que se considera “livre” pode ser um trunfo na mão do PDT na hora de conversar sobre apoio na eleição municipal. O deputado Rodrigo Minotto saiu da reunião com o PSD empenhando palavra, mas com a certeza de que tinha ouvido um “Sim” do Zé e do Biro-Biro. O Biro-Biro confirmou, o Zé não.

Bateu na trave

 personJoão Paulo Messer
access_time30/01/2020 - 00:23

O advogado Alexandre Barcelos João, uma das cabeças brilhantes do Direito catarinense, beliscou uma indicação ao quadro de desembargador substituto do Tribunal Regional Eleitoral. O resultado saiu nesta quarta-feira (28). Ele esteve na lista de três, onde o escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro foi Renato Boabaid, de Florianópolis (imagino que funcionou o “QI” do senador Dário Berger). Só o fato de estar nesta lista é um prêmio e reconhecimento ao brilhantismo profissional do fumacense. Detalhe: Barcelos João é muito mais da área eleitoral do que o próprio escolhido. Quer dizer, o presidente Bolsonaro deve ter escolhido por outras razões, já que a indicação é para o eleitoral. Isso porque o escolhido é especialista na área criminal.

As amarras de gaveta às eleições

 personJoão Paulo Messer
access_time27/01/2020 - 08:33

Nesta sexta-feira repercutiu, nos grupos de whatsapp mais atuantes no debate de política em Criciúma, informação transmitida na coluna do jornalista Adelor Lessa. A estranheza geral foi à nota de que “se o DEM não tivesse a candidatura a prefeito com Júlio Kaminski, o partido estaria com Clésio Salvaro na eleição de outubro”. A informação não só é verdadeira como é possível acrescentar que há um grande acordo entre os prefeitos de sete das principais cidades do Estado. Segundo este acordo o desejo dos prefeitos e principais líderes do PSDB, DEM e PP é de que fechem alianças em candidaturas nestas cidades.
Refiro-me às cidades de Criciúma, Florianópolis, Joinville, Blumenau, Lages e Chapecó.
Em Chapecó o candidato a prefeito será João Rodrigues (PSD) com apoio de tucanos e progressistas. Em Joinville o PSDB vai apoiar Darci de Mattos (PSD). Em Lages Antônio Ceron (PSD) com apoio do PP e PSDB. Em Criciúma o atual prefeito Clésio Salvaro (PSDB) terá apoio do PSD e só não terá o DEM porque o partido terá candidato a prefeito. Em Tubarão Joares Ponticelli (PP) é candidato à reeleição com apoio do PSD e PSDB. Na capital Gean Loureiro, que saiu do MDB e foi para o DEM, terá como candidato a vice-prefeito João Batista Nunes (PSDB). A mais recente informação é de que em Blumenau o candidato a prefeito será João Paulo Kleinubing com um vice do PSDB e apoio do PP.
Estas costuras só não acontecerão onde os partidos envolvidos terão candidatura própria a prefeito.
Há de se considerar neste enredo a proximidade que há entre Clésio Salvaro, João Paulo Kleinubing e Esperidião Amin. Aliás, Kleinubing está lotado no gabinete do senador Amin.
E mais, Júlio Kaminski antecipou a sua decisão de ser candidato a prefeito em Criciúma após receber uma espécie de ultimato feito pelo presidente estadual da sigla, João Paulo Kleinubing, para que decidisse se iria ou não à eleição de prefeito em 15 dias. Júlio não necessitou de 15 horas, anunciou antes.

Kaminski é pré-candidato a prefeito em Criciúma

 personJoão Paulo Messer
access_time22/01/2020 - 23:23

Antes da reunião da noite desta quarta-feira, em que o vereador Júlio Kaminski anunciou ter aceito o desafio de ser candidato a prefeito pelo Democratas, ele recebeu uma espécie de “ultimato”. O presidente estadual do DEM, João Paulo Kleinubing, telefonou para o vereador concedendo um prazo de 15 dias para se definir. Ele preferiu esperar apenas pouco mais de 15 horas e reunir aliados e a direção do partido em Criciúma para dizer: “aceito”. Antes disso já tinha conversas encaminhadas por Brasília e nos próximos dias vai reunir-se com Antônio Carlos Magalhães Neto, principal líder nacional do partido. Aliados de Kaminski, inclusive seu assessor, já haviam se filiado ao partido.
Kaminski é o retrato da oposição ao atual prefeito Clésio Salvaro, por isso a reunião teve a presença de representantes de outros segmentos que não apenas o DEM. Este grupo aguarda agora que haja união das oposições, incluindo o partido do governador (PSL) e o PP, entre outros. A propósito do PP, o vereador Edison Luiz do Nascimento Paiol estava no encontro da noite desta quarta-feira.
Outro desafio de Kaminski é viabilizar de fato a sua candidatura, pois esta é a condição imposta pela direção estadual da sigla. Ou ele é candidato a prefeito ou a direção estadual negocia outros caminhos, entre os quais não se descarta uma aliança com o PSDB.

Deputado acusado de violência doméstica

 personJoão Paulo Messer
access_time15/01/2020 - 20:22

Um Boletim de Ocorrência relatando violência doméstica, que teria sido praticada pelo deputado federal Daniel Freitas (PSL), no sábado no Balneário Rincão, agitou o ambiente político desta quarta-feira. A notícia vazou pelo portal de notícias “ndonline” da capital do Estado, já que este tipo de processo corre em segredo de Justiça. A existência do BO, porém, foi confirmada pelo delegado regional de polícia Vitor Bianco Júnior, que evitou qualquer comentário além da existência do registro.
Ainda nesta quarta-feira o gabinete do deputado emitiu uma nota oficial admitindo o que teria sido uma discussão política iniciada entre o parlamentar e o seu sogro, mas, segundo a nota situação já contornada. Episódios como este, entretanto, não costumam restringir-se ao ambiente familiar ou mesmo local, quando envolvem figura pública.
Este é um tipo de situação que não oferece as mínimas informações para que se possa fazer qualquer análise, já que se deu em ambiente familiar, onde estes fatos costumam evoluir para entendimentos as vezes surpreendentes. Além disso havemos de entender que as partes merecem respeito de quem noticia e analisa fatos públicos. Este é um caso restrito ao ambiente familiar do deputado. É o que penso.

NOTA OFICIAL
O Deputado Federal Daniel Freitas vem, por meio desta nota oficial, manifestar-se sobre as informações inverídicas que estão circulando sobre uma “suposta agressão” praticada por ele contra sua esposa.

O deputado federal Daniel Freitas afirma que em momento nenhum agrediu fisicamente sua esposa. O fato deu-se por motivações políticas entre ele e seu sogro, relacionadas à divergências partidárias, e que durante uma discussão os dois (Deputado e seu sogro) entraram em vias de fato, resultando na intervenção de sua esposa no ocorrido, na tentativa de acalmar as partes.

O parlamentar enfatiza, ainda que, a situação foi ocasionada pelo calor do momento, eles mantém uma ótima relação, ressaltando que seu sogro é um homem honrado e de bem; inclusive já conversaram e, através de um pedido sincero de desculpas ao seu sogro e sua esposa, voltaram a se entender.

Segundo o Deputado, com sua educação baseada nos princípios cristãos, jamais submeteria sua esposa e seus filhos a qualquer tipo de humilhação física ou psicológica e que, como marido e pai, sempre pautou a criação dos seus filhos no amor e nos valores; mantendo o casal, em um clima harmônico e de ainda mais união.

Comunicamos que, até o momento, o deputado não foi notificado ou intimado, estando à disposição da justiça para prestar quaisquer esclarecimentos.

O Deputado pede ainda, que sua família, bem como a de sua esposa, sejam respeitadas, pois desentendimentos acontecem em todos os lares; porém, a admiração mútua, sempre será mantida.

Vereadores do PSD querem "mudar" o vice

 personJoão Paulo Messer
access_time12/01/2020 - 22:22

Enquanto os vereadores Salésio Lima e Camila do Nascimento - considerados pela direção do PSD como legítimos vereadores do partido - se mantém mais cautelosos em relação a guerra interna deflagrada com o vice-prefeito Ricardo Fabris, Zairo Casagrande – considerado pela direção do partido “fora” – só é cauteloso quando a conversa é no microfone. Fora do ar não é difícil ouvir dele que os três estão “fechados” e que a persistir o cenário que consideram de “equivocado privilégio” ao vice-prefeito, sairão da sigla. Zairo aposta que os três saem. Existe, entretanto, um cenário que pode mudar tudo no partido. Isso aconteceria se o deputado Júlio Garcia, que é quem tem absoluto domínio da sigla, decidir substituir o candidato do partido a vice-prefeito em reedição da chapa Clésio Salvaro/Ricardo Fabris.
O ensaio dos vereadores flagrantemente rebelados, pode mudar se avançar a tese de que o empresário Anselmo Freitas seja o candidato a vice-prefeito pelo PSD em Criciúma. Alguém pode perguntar: “mas Anselmo não se filiou ao PSD em Içara?” Sim, mas há tempo até o fim de março para que ele mude o domicilio. Fabris sabidamente no meio político tem o apadrinhamento do deputado Júlio Garcia, mas não tem o respaldo do partido. Na base do PSD não é difícil encontrar gente disposta a apoiar qualquer nome para vice, desde que não seja Fabris.
O vice-prefeito Ricardo Fabris tem evitado comentar o assunto por orientação do deputado Júlio Garcia. O período em que o fato está na pauta favorece Fabris, pois o tempo é de recesso e a aposta de que assim o assunto se desgaste o suficiente para ser considerado página virada quando chegar março que é o mês de efervescência política.

A eleição do Tita e o recado ao vice-prefeito

 personJoão Paulo Messer
access_time09/01/2020 - 00:23

Seria apenas uma sessão extraordinária com eleição de nova Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Criciúma não fosse o gesto de três vereadores do PSD. Assim que iniciou a votação – que é nominal e aberta – Salésio Lima, Camila do Nascimento e Zairo Casagrande – se retiraram. Os demais 14 vereadores votaram na chapa única: Tita Beloli (presidente), Aldinei Potelecki (vice-presidente), Paulo Ferrarezi (primeiro-secretário) e Edson Luiz do Nascimento (segundo-secretário). Os ausentes, antes de saírem e em sala fechada, deixaram claro que nada têm contra Beloli.
Mais cedo eu havia sido informado pelo vereador Zairo Casagrande que os três não participariam da eleição. E o recado mais tarde confirmado foi claro: o problema não está na Câmara e sim no Executivo. Há insatisfação com o prefeito e ela é maior com o vice-prefeito. E não é por alguma atitude específica, mas porque estes vereadores se dizem portadores de movimentos internos do PSD que não aceitam o que consideram a privilegiada posição de Ricardo Fabris.
Para entender o enredo é necessário retornar aos tempos da eleição de 2016, quando Fabris foi “escalado” candidato a vice-prefeito por Clésio Salvaro. Na ocasião ele estava no PSDB e provocou reações adversas na sigla. Após a eleição ele saiu do partido tucano e foi para o PSD, onde já havia feito ensaio de entrada antes. Se disse, à época, que Clésio aceitou a indicação por fidelidade ao amigo Júlio Garcia que mais tarde buscou Fabris de volta ao PSD.
E segue o roteiro: mesmo com o cargo de vice-prefeito a inserção de Fabris no PSD só teria sido aceita por força do deputado estadual Júlio Garcia. Hoje o que há é um explícito movimento que tenta sacar Fabris da lista de prioridades do partido para composição de nova chapa de reeleição com Clésio Salvaro.

Foram à missão não vão à festa

 personJoão Paulo Messer
access_time06/01/2020 - 16:00

Os quatro vereadores considerados oposição ao prefeito Clésio Salvaro na Câmara de Vereadores foram à missa dos 140 anos hoje pela manhã, mas não devem comparecer à solenidade festiva que ocorre à noite no Parque Municipal Altair Guidi. A justificativa é que “consideram a obra inacabada”. Este deve ser o discurso de Júlio Kaminski, Zairo Casagrande, Édson Luiz do Nascimento e Ademir Honorato. Os quatro, entretanto, estiveram juntos hoje pela manhã na missa rezada pelo bispo Dom Jacinto Inácio Flach, na catedral.
A verdade é que se os vereadores forem a festa devem sentir-se “peixe fora d´água” pois sabidamente eles não terão o mesmo tratamento de vereadores aliados por razões muito lógicas. Neste caso a reciprocidade de tratamento pesa metade lá, metade cá. Não tem como imputar mais peso de culpa aos vereadores ou ao prefeito. A questão é meramente política.
Na missa, hoje pela manhã, além dos quatro vereadores estavam apenas mais os dois presidentes: Miri Dagostin que está deixando o cargo e Tita Beloli que deve ser eleito amanhã.