A mentirosa de Urussanga e o pavor social causado
Vimos, nesta semana, mais um caso revoltante na nossa região. Em Urussanga, uma jovem de pouco mais de 20 anos inventou um estupro. Disse que dois homens a violentaram, após fazê-la cheirar um pedaço de toalha que continha algum elemento químico. Tudo mentira.
O que, para ela, pode ter sido apenas uma lorota, para a sociedade regional, marcada recentemente por um estupro verdadeiro em Cocal do Sul, foi pânico geral. Perdi as contas de quantas pessoas comentaram comigo nas ruas, nas redes sociais. Algumas até – e eu também achava – que essa história estava muito mal contada. E, de fato, estava mesmo. Tanto é que não demorou muito tempo (menos de um dia) para a polícia conseguir desvendar a mentira dessa irresponsável.
Posso afirmar, sem medo de errar, que muitos pais deixaram de dormir mais cedo e ficaram na parada de ônibus esperando suas filhas chegarem do trabalho ou da aula. Ninguém teve paz. Por um dia, Urussanga ficou em chamas. Lamentável!
O motivo de ela ter inventado essa estória foi contado ao delegado, mas Marcelo Viana se comprometeu com a “vítima mentirosa” a não contar pra ninguém. Filosofaremos eternamente. Fique com a sua imaginação aí, e eu com a minha aqui.
O prejuízo social causado em Urussanga, por pouco menos de 24 horas, não poderá ser restaurado. Quanto à ela, assinou um termo circunstanciado (o que, no Brasil, é a mesma coisa que nada) e vai dormir tranquila e serena.
Ouça abaixo o que disse o delegado sobre o caso.