Moisés foi para o chão
O colunista Moacir pereira foi o primeiro a anotar o fato. O deputado Jessé Lopes (PSL) – partido do governador do estado – tirou da parede do seu gabinete o quadro com a foto do governador Carlos Moisés da Silva, que estava ao lado da foto do presidente Jair Bolsonaro. A sdecisão teria sito em repúdio ao fato do governador fixar em 17 por cento o ICMS sobre os defensivos agrícolas. A foto do governador foi parar no chão, encostado em um balcão. Na foto observa-se outro detalhe: na parede está foto da ponte Hercílio Luz, auqela mesmo que Jessé disse ser “melhor derrubar do que investir mais dinheiro para a reforma”.
Sem “compadre”
Não é a primeira vez que o deputado Jessé Lopes reage ao posicionamento do governador. Ele tem sido crítico do governo do qual faz parte e anuncia que não vai arredar pé deste posicionamento. O PSL nacional expulsou o deputado Marcos Frota que contrariou posições do chefe maior. Resta saber como o PSL de Santa Catarina vai tratar Jessé Lopes, cujo pai já saiu do PSL.
Escritório da CIDASC
O prefeito Clésio Salvaro esteve na manhã desta terça-feira em Florianópolis para ouvir de membros do governo uma explicação “plausível” à decisão de retirar a sede da gerência regional da CIDASC do seu município. O gerente regional e demais cargos de chefia foram todos exonerados. A gerência está sendo transferida para Araranguá. Em Criciúma a suspeita é que Araranguá será apenas “um pit stop” da gerência, que daqui mais alguns dias será levada à Tubarão. Criciúma e Tubarão tem um triste histórico de rivalidade. A primeira tentativa do governo foi com o anúncio da gerência da Celesc, o que só não ocorreu porque o Salvaro liderou um movimento contrário. O governo cedeu.
Caso estranho
No gabinete do Secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, o prefeito de Criciúma ouvi a garantia de que “por enquanto a transferência está suspensa”. Isso tudo porque Salvaro levou informações que o gabinete do governador desconhecia, como por exemplo o fato da CIDASC ter prédio próprio em Criciúma, enquanto em Araranguá seria necessário alugar uma estrutura. Este e outros argumentos levaram o governo a reverter a posição. Aparentemente nem governador, nem tão pouco o Secretário de Estado da Agricultura conhece a situação. A dúvida é: quem então governa???
Crise no PP
Sem perder o tom e o rumo da sua crítica ao PP, o empresário Miguel Pierini comentou em entrevista à rádio Eldorado, nesta terça-feira, a crise interna no partido. Contundente em alguns aspectos, como quando fala da certeza de que o empresário Gílson Pinheiro entrou no partido para “bagunçar”, é prudente quando sugere que o coordenador Genésio Spillere tenha sido um dos responsáveis pela “armação” que denuncia. Aliás, alfineta Spillere quando sugere que ele deve “cuidar do seu quintal”. Batizou o movimento que o tirou da presidência como “convenção dos velhos lobos”. A sua candidatura vinha construída havia pelo menos quatro meses e só uma semana antes é que Itamar da Silva teria comandado a montagem de um colégio eleitoral cheio de irregularidades.
Doce veneno
Há entre progressistas a tese de que o movimento de simpatia para a entrada de Gílson Pinheiro no PP, seja fruto de um passo calculado pelo prefeito Clésio Salvaro. Amigo de Esperidião Amin, Clésio teria estimulado o assédio progressista a Pinheiro com a certeza de que ele provocaria o que provocou. Quer dizer, tem gente achando que Clésio Salvaro “deu corda” para ver Pinheiro no PP, sabendo que isso enfraqueceria o partido até então fechado em torno de Jorge Boeira.
O racha do PP
Flagrante também que a ala progressista alinhada ao prefeito Clésio Salvaro (PSDB) iria crescer se Miguel Pierini assumisse o partido. Isso porque ele tinha “apalavrado” que Júlio Colombo – atualmente alinhadíssimo com Clésio – iria para o PP. Está cada vez mais evidente que o PP implodiu e que para o tucano Clésio Salvaro o “tamanho da rachadura” atingiu o seu limite. Se rachar mais a ala que o apoia pode sair do partido e isso seria desinteressante às pretensões de reeleição do atual prefeito de Criciúma.