Coluna de Terça-feira
A Toscana pode ser aqui
A obra que inspira o filme de nome “Sob o Sol da Toscana” pode ser adaptada à política de Santa Catarina. A versão seria: “Sob o Sol de Santa Catarina”. O original conta a historia de uma mulher traída que recomeça em Toscana na Itália, mas vê que assim como à ela, a vida prega a outras pessoas peças cada vez mais surpreendentes. Pois se não é sob o sol de Toscana, sob o sol da Santa Catarina os partidos do amealhado de Gelson Merísio estão prestes a viver cenas semelhantes. Há mais gente do que se possa imaginar incomodada com a centralização que Merísio vem fazendo. Revela-se pouco a pouco, nos bastidores, que se ele não levar ao seu banquete os convidados dos seus aliados, pode sobrar-lhe muito da fartura. Quer dizer, aliados andam reclamando que Merísio tá jogando o jogo sozinho demais.
Bem vindos
Gelson Merísio não convidou para o seu evento, sábado em Chapecó, o PSDB. Isso incomoda mais ao convidado PP do que ao próprio esquecido PSDB. E isso foi dito, ontem, por Esperidião Amin, na rádio Eldorado. E mais, Amin diz que não só ele estranha a exclusão do PSDB da festa dos aliados de Merísio, mas diz que Raimundo Colombo (PSD) tem a mesma estranheza.
Entendendo
É óbvio que Esperidião Amin não bota fio de cabelo em sopa alheia, nem prego sem estopa. Ele sabe que dando ouvidos a Raimundo Colombo sua vaga está mais acima. Colombo não quer de jeito algum que Amin seja candidato a Senado. Amin na chapa ao governo limpa o trecho para Colombo buscar votos ao Senado. E Amin só vai para a majoritária se o PSDB estiver na chapa.
Sobre os tucanos
Merísio já disse que não leva o PSDB à sua festa de lançamento de pré-campanha em respeito aos demais aliados. Isso porque os tucanos tem candidato a Presidência e ele com os seus querem palanque aberto no primeiro turno. Merísio não foi convidado ao pré-lançamento de Paulo Bauer (PSDB). Se bem que o evento de Bauer foi “caseiro”.
Aposta de quatro
Na última vez que ouvi um prognóstico de Gelson Merísio ele falou em quatro candidaturas: PSD com PP e aliados, PSDB, MDB e PT. Quer dizer, ele conta com o PP e que o PSDB não fica com o MDB. Mas se o PP escolher o PSDB no primeiro turno?
Bipolarização
No caso de o MDB disputar com o PSDB tendo o PP de aliado a lógica é de uma eleição “bipolarizada” (PSDB x MDB). É ai que o grande grupo de Merísio pode esvaziar. Alguns com MDB, outros com o PSDB e PP como nos velhos tempos. A candidatura do PSD (Meríso) poderia ficar inviável. Ele precisa do PP. O PP quer o PSDB.
Na Câmara
Pelo menos duas atividades externas, além das sessões internas, irão movimentar a Câmara de Vereadores de Criciúma nesta semana. Quarta-feira à noite acontece a sessão solene de homenagem aos 45 anos da AFASC. A proposição é do vereador Álison Pires (PSDB). Quinta-feira à noite no salão da comunidade discussão sobre manutenção ou troca da empresa de fornecimento de energia elétrica.
Leitura do cenário
Na eleição suplementar para governador no Estado de Tocantins, no último domingo, chamou a atenção o alto número de abstenções, votos brancos e nulos. Isso levou alguns a comentar que tal fato pode se repetir nas eleições de outubro, por exemplo, em Santa Catarina. Ledo engano. O eleitor deve ter na eleição o mesmo comportamento que teve na greve dos caminhoneiros: insatisfeito e indignado, mas não deixara de votar como não deixou de formar fila para abastecer.
Sem aula
As direções das três escolas municipais de Criciúma que decidiram por conta própria fazer ponto facultativo na última sexta-feira responderão processo administrativo e podem ser penalizadas. As escolas são: Jorge da Cunha Carneiro, Clotildes Lalau e José Cesário da Silva, todas na região da Próspera.
Posição do governo
O entendimento na cúpula do governo municipal de Criciúma é que se afrouxar com os diretores de escolas que liberaram os alunos, a Secretaria de Educação perde o controle. De outro lado, entende-se nestas escolas que a vontade da comunidade deveria ter sido respeitada. Num dos casos a direção teria dispensado os alunos por apelo dos pais.