Coluna de Quarta-feira
Negociação começa no Jurídico
Quando o prefeito Clésio Salvaro decidiu entregar à procuradora do município a capitania da equipe de governo que negocia a reposição salarial dos servidores já foi um aviso de que haveria recuo. Hoje a administração entregará, por escrito, uma proposta com os itens na negociação deste ano. Nela está expresso que é sem ganho real, apenas a correição pelo INPC: 1,56 por cento. É isso sem mais negociação. Como já está na procuradoria, a coluna apurou que o governo está pronto para brigar na Justiça, se houver greve. A argumentação para decretação de ilegalidade da greve, caso ela seja confirmada, está pronta. Os servidores terão assembleia para análise da proposta, semana que vem.
Questão estratégica
É possível perceber que o governo municipal foi estratégico no instante em que concede aos professores, logo de cara, o índice de 6,86 por cento, previsto no isso nacional. Ao contemplar o magistério esvazia o setor mais forte de uma possível greve.
Assunto do governo
Passada a negociação salarial com os servidores deve ser trazido à tona a discussão sobre o impacto dos aumentos salariais na saúde financeira do setor de previdência própria, o CriciúmaPrev. Isso porque os aumentos salariais não impactam tanto diretamente na folha como impactam em longo prazo no sistema de previdência. O plano de carreira prevê que sejam acumulados ganhos e se aposentam com o salário mais alto.
Inverso do comum
Diferente do trabalhar submetido ao plano de previdência do governo federal, INSS, no serviço público um professor que fizer concurso hoje entra com salário de R$ 2 mil, mas pode chegar a salário de R$ 8 mil e aposentar-se com até R$ 10 mil ou R$ 12 mil como há casos, isolado, mas há.
Sessão solene
Por proposição o vereador Állison Pires (PSDB), a Câmara de Vereadores de Criciúma realiza hoje às 19h sessão solene em alusão aos 45 anos da AFASC. A solenidade vai ocorrer no Centro de Convivência no Morro Cecchinel.
Saúde abalada
Notícia de forte repercussão na área de saúde saiu no Diário Oficial da União, ontem. Trata-se da imposição da chamada “Direção Fiscal” no plano Agemed, que é quando um gestor indicado pela Agência Nacional de Saúde passa a atuar dentro da diretoria do plano. A medida foi adotada após constatação de ações administrativas que põem em risco o plano.
Modelo de gestão
São episódios como o da intervenção no plano Agemed, anunciado ontem, assim como ocorreu em outras épocas e regiões, até mesmo em unidades da mais tradicional cooperativa médica do país, que chamam atenção para o lado eficiente deste setor. Bom ressaltar que um dos melhores modelos de gestão de saúde no país está em Criciúma, sob a regência do médico Valternei Junqueira.
Cidades menores
O projeto que nasceu com a ideia de incentivar os médicos a atuarem em municípios com menos de 20 mil habitantes, sofreu alteração e agora segue o caminho para virar uma lei que crie incentivos a todos os trabalhadores da saúde. A proposta foi alterada pela deputada federal pelo Sul, Geovania de Sá. Se a lei passar o trabalhador da saúde nas menores cidades vai descontar 90 por cento de imposto de renda na fonte.
Engenharia
Para uma cidade com 203 mil habitantes, dona de uma usina de asfalto, ter uma das ruas de paralelepípedos do bairro Pio Correa, mais conhecido como Vila dos Engenheiros, nivelada nos buracos com barro e capim “é o fim”. Foi o que se viu ontem na rua Léo Lombardi, nas quadras com as mais ilustres residências.