Coluna de Quinta-feira
PSDB FECHA CHAPA DOMINGO
O senador Paulo Bauer terminou o dia de ontem animado, dispensando tempo para convidar algumas pessoas à convenção do PSDB, domingo em Joinville. Fez isso pelo telefone com tom confiante de que até domingo tudo estará claro, inclusive a definição sobre a vaga de vice-governador e a estratégia de indicar apenas um nome para o Senado. Se a chapa for pura a deputada federal Giovânia de Sá será a candidata. Se houver aliança, e ele citou João Paulo Kleinubing (DEM) para vice, Giovânia disputará a reeleição como ela prefere. Caso contrário, a deputada será chamada para praticar o gesto em favor do partido. O pré-candidato a governador pelo PSDB repetiu as palavras do presidente do partido, Marcos Vieira: “a nossa convenção será terminativa”. Quer dizer, as conversas tucanas não passam de domingo. O desdobramento com JPK pode sair hoje.
SENADO
A estratégia de abrir mão de indicar dois nomes para as duas vagas ao Senado, indicando só um e liberando o segundo voto dos tucanos já é proposta “comprada” pela maioria. Com ela Napoleão Bernardes sairia fortalecido, pois ficaria com todo o tempo de televisão e os eleitores tucanos votam em massa só nele como primeiro voto.
GEOGRAFIA
O PSDB faz uma aposta surpreendente ao trabalhar com a possibilidade de uma chapa que tenha Paulo Bauer candidato governador, João Paulo Kleinubng para vice-governador e Napoleão Bernardes para o Senado. É um de Joinville e dois de Blumenau.
A MISSÃO
A rigor, Giovânia de Sá é a única alternativa de representatividade do Sul do Estado na chapa majoritária. Depois de quase duas décadas com presença direta ou indireta no Executivo, a região que mais vem sofrendo para desenvolver, pode ficar só com representação parlamentar. Isso se a deputada não aceitar, ou não for escolhida, para ficar na majoritária.
CERTO OU DUVIDOSO
Só troca a possibilidade de um cargo de vice-governador por um de deputado federal quem tem confiança mínima ou nenhuma na eleição. Mas é isso que deve ocorrer. A deputada Giovânia de Sá estaria prestes a rechaçar a ideia de ser candidata a vice-governadora, preferindo disputar vaga na Câmara dos Deputados. A alegação é de que é para isso que ela vem trabalhando. A interpretação será outra.
LIMITES
Foi criada na Câmara de Vereadores de Içara uma comissão com fim específico de averiguar as divisas do município. Em alguns casos porque há dúvidas, como na comunidade da Segunda Linha. Em outros casos para ganhar área melhor, como no Campo Mãe Luzia, onde e poder negociar com Araranguá levando a divisa para o rio e com isso ganhando acesso à lagoa. O município ficou sem acesso à água.
VOTO REGIONAL
Está pronto na Associação Empresarial de Criciúma, como em todas as demais grandes associações de todas as regiões do Estado, a peça publicitária que defende o voto regional. Quer dizer, todas as regionais farão isso. Em tese a Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina faz o que deveria ser lei, o voto regionalizado.
FREITAS RÉU CONFESSO
O discurso na tribuna da Câmara de Vereadores e a motivação exposta no ofício de renúncia do vereador Daniel Freitas podem ser a arma para o Partido Progressista reforçar a tese de que o partido é o dono da cadeira. Freitas disse na tribuna e escreveu na renúncia que adotava a medida, pois já havia sido condenado pela Justiça Eleitoral a deixar o cargo por infidelidade partidária. O dito e escrito por ele viram confissão. Com isso o PP argumenta que a causa de tudo é a infidelidade, que culmina com a posse de Edison Luiz do Nascimento Paiol, não simples renúncia que abre vaga à primeira suplente da coligação Ângela Mello. Se é que Freitas, como pré-candidato a deputado federal, foi estratégico ao renunciar para não permitir que um assessor de outro candidato a deputado federal assuma sua vaga (Paiol e assessor de Jorge Boeira), errou feito ao dizer no discurso – que fica como oficial – e escrever na renuncia sobre a perda do mandato.
VEM ÂNGELA O presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Criciúma anunciou que mandou chamar Ângela Mello, primeira suplente da coligação PP e PMDB para assumir a vaga de Daniel Freitas, que renunciou. Alega que não conhece legalmente a decisão da Justiça Eleitoral e que segue o que está no Regimento Interno da Câmara.
SILÊNCIO Ninguém vai arrancar qualquer palavra da deputada Giovânia de Sá (PSDB) sobre sua possível candidatura – ou não – a vice-governadora em chapa pura. O silêncio faz parte de um acordo feito na reunião do partido, em que ela resistiu à ideia, mas teria sido convencida a aceitar o desafio do partido.
PROPORCIONAIS Tão importantes quanto às chapas majoritárias, as coligações às chapas proporcionais são tratadas pelos partidos como ponto eletrônico. Um movimento milimétrico pode por tudo a perder. Este deve ser o preâmbulo para análises que estão por vir a partir da coligação do PP neste sábado. Teoricamente está fechada a aliança com o PSD. Esta aliança pode não ser tão importante a ambas as siglas.
NA MIRA Não é apenas o PSD que tem no seu arsenal questões como o inchaço da máquina publica nos apenas três meses que o MDB assumiu o governo do Estado. De 92 mil saltou para 95 mil funcionários ativos de março a julho deste ano. Eduardo Moreira assumiu anunciando enxugamento, mas fez crescer em quase três mil o número de filiados.
NO ÂNGULO O presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Forquilhinha é o ex-volante do Criciúma Esporte Clube, Maciel Dassoler (MDB). Foi no início da década de 2000. Agora, na política, acertou “u chute n ângulo” – isso no futebol significa golaço. A analogia é ao fato de ter criado o projeto Cinema na Câmara, que teve ontem a primeira exibição.
HOMENAGEM A prefeitura de Cocal do Sul “pisou feio na bola” ontem a publicar em sua página um anúncio com homenagem aos motoristas. Tudo muito bem, não fosse o motorista da imagem dirigindo em manuseando o telefone celular.
FRASE DO DIA
“Não posso administrar o poder Legislativo com simples notificações extrajudiciais. O que tenho de direito é a renúncia do vereador Daniel Freitas. Por isso lanço mão do que determina o Regimento Interno e chamo a primeira suplente. Sobre a decisão do TRE, não posso atuar por notificação de interessados ou da simples notícia dos veículos de comunicação, que é por onde tenho conhecimento do afastamento do vereador Daniel.”
Júlio Colombo, presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Criciúma, justificando porque chamou a primeira suplente Ângela Melo e não Edson Luiz do Nascimento, Paiol, como quer o PP.