Coluna de Terça-feira
O FATO NOVO. SERÁ?
É dado como certo que o PSD passa por uma sacudida interna ainda nesta semana. O raciocínio está ligado ao julgamento do recurso que os aliados do deputado federal João Rodrigues já comemoram. Sua liberdade, quem sabe já na quinta-feira, permitiria em apenas algumas horas um furacão no instável cenário do partido. Os últimos movimentos não bem sucedidos de Merísio, combinados a liberdade de João Rodrigues, estariam encorajando não só o próprio parlamentar, mas o ex-governador Raimundo Colombo e o candidato a deputado estadual Júlio Garcia a puxar rédeas. A interpretação parece ligeiramente exagerada, mas é o que circula. Exagerada porque transmite a ideia de que João Rodrigues estaria saindo da cadeia para corrigir a rota do PSD.
POR REGIÃO
Em Chapecó, base eleitoral de Gelson Merísio os colegas trabalham com a tese de que será construída uma aliança de “todos contra Esperidião Amin”. Na capital há divisão de opinião sobre a capacidade de Amin segurar a sua candidatura apenas com João Paulo Kleinubing (DEM) candidato a vice.
REAÇÃO
O Democratas de Florianópolis faz parte do governo de Gean Loureira (MDB) na capital do Estado. Por isso a decisão adotada em Joinville, por JPK e o presidente estadual da sigla, Paulo Gouvêa da Costa, sofre contestações que podem ficar evidentes na convenção do partido sábado na capital.
E O MDB
De todos os partidos o menos observado ns últimos dias tem sido o MDB. Segundo o próprio partido ele está fechado com o PR, do deputado Jorginho Mello, mapeado para ocupar umas das vagas ao senado, o PPS, da deputada Carmen Zanotto, que pode emplacar como vice, bem como com outros partidos menores, como PTB, PTC, Avante e PSDC. O desejo do MDB parece ser enfrentar Eperidião Amin, considerado por Mauro Mariani “um prato requentado”.
TRANSFORMAÇÃO
Por meia hora conversei ontem com a reitora da Unesc, Luciane Ceretta e o consultor financeiro Zanoni Elias, sobre a situação financeira da instituição e avaliação do primeiro ano de mandato. Alguns números impactantes foram revelados, como o fato de ter saído de um fim de 2017 com negativo de R$ 8 milhões para um superávit de R$ 8,5 milhões no primeiro semestre de 2017 e estimativa de que feche o ano em cerca de R$ 10 a 11 milhões de superávit.
A DÍVIDA
No início da atual gestão a Unesc tinha um passivo (dívida) de R$ 98 milhões, sendo que metade pelo menos R$ 59 milhões eram as temidas dívidas com bancos.
SAINDO DA UTI
Pela característica da coluna, aqui vai uma anotação fruto da observação com tom pontual, que não deve ser interpretado de forma maliciosa porque não é. A reitora da Unesc elogia e atribui parte do sucesso na recuperação das finanças da instituição a dois parceiros que são personagens conhecidos e reconhecidos pela habilidade em recuperação de empresas em processo “pré-falimentar”, transformando-as em viáveis. Isso resume onde estava universidade. São eles: Zanoni Elias e Anselmo Freitas.
EMPRESARIAL
O presidente da Associação Empresarial de Criciúma, Moacir Dagostin é o convidado de hoje para uma mesa-redonda na Associação de Jovens Empreendedores de Criciúma. O encontro será às 19h, na sede da ACIC.
AS VAIAS AO MERÍSIO
Sábado, durante a convenção do PP, fato que chamou a atenção foram vaias ao até então aliado Gelson Merísio. Primeiro foram duas ocasiões pontuais e menos barulhentas, sempre quando o nome dele era citado. Quando o secretário do partido leu a carta do PSD oferecendo as vagas de vice e do senado, foi necessária intervenção pedindo silêncio. O inicio da leitura da carta foi abafo pelas vaias. A plateia ali parecia unânime. O primeiro a traçar elogios a Merísio foi o deputado Valmir Comin já sem reação da plateia. Esperidião Amin também falou de Merísio sem que se ouvissem vaias.
MARKETING A coordenação do marketing de campanha de Mauro Mariani teria desaconselhado qualquer possibilidade de aliança MDB cm o PSD no primeiro turno. Isso porque ficaria muito difícil falar em unidade, sendo que há poucos dias a relação era de agressão.
RESTA UM Se Gelson Merísio foi vaiado na convenção do PP e se o marketing do MDB desaconselha coligação agora enquanto a ferida remexia recentemente segue aberta, resta a Merísio chapa pura ou aliança com o PSDB.
REFRATÁRIO É mais ou menos público que Gelson Merísio não tem simpatia pelo nome de Paulo Bauer (PSDB) como candidato a governador preferindo Napoleão Bernardes (PSDB). Na relação de Paulo Bauer para com Gelson Merísio a recíproca é dada como verdadeira.
LÓGICA MAS IRREAL Uma fonte muito próxima do deputado Jorge Boeira (PP) considerou que a leitura que a coluna fez ontem, sobre a opção do deputado em concorrer ao Senado e não à reeleição, foi “lógica, mas irreal”. Assegura que há tempos Boeira almeja um cargo “acima”.
NAS INTERNAS Das percepções paroquianas aquela que mais chama a atenção está em Forquilhinha, onde no fim de semana a circulação e a observação política foi intensa, em virtude da festa do município. É fácil perceber que os emedebistas estão dispostos a assumir o protagonismo.
HORA “H” Em Forquilhinha as apostas dos que só observam a cena política é de que a boa relação de PP e MDB será testada após a eleição à presidência da Câmara de Vereadores, no final do ano. O MDB está pronto para assumir a condução da política de um território há muito dominado pelo PP. Até lá tudo é “só love”.
FRASE DO DIA
“Chegamos a estes resultados porque adotamos uma gestão com estrutura administrativa menor, otimizada e mais horizontal do que vertical. Hoje não há nenhum outro grande momento o ação impactante por fazer, senão permanentes ações da gestão.”
Luciane Ceretta, reitora da Unesc, durante avaliação do primeiro ano de mandato na reitoria da instituição.