Coluna de Terça-feira
MUDANÇA NA ASSEMBLEIA
A morte do deputado estadual Aldo Schneider não altera apenas a vaga na bancada do MDB. Com a saída do presidente do parlamento catarinense a casa passa em definitivo ao comando do deputado Silvio Dreveck (PP), aliado de Gelson Merísio. Até então era uma gestão compartilhada entre Dreveck e Aldo, inclusive no primeiro ano do mandato (2017). Agora, independentemente de quem for eleito vice-presidente, Silvio tem autonomia e deve fazer a gestão sintonizado com Merísio. O Legislativo tem enorme influência na vida política do Estado. Em tempos de eleição isso é ainda mais expressivo, embora reste pouco tempo.
LAVA JATO
O jornalista Upiara Boschi, da NSC, apurou que está na Justiça de Blumenau o inquérito que apura suposta doação de caixa dois ao ex-prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, atual candidato a vice-governador na chapa de Mauro Mariani (MDB). Delação premiada na Operação Lava Jato informou repasse da Odebrecht à campanha eleitoral municipal de 2012. Na mesma acusação figura o agora candidato a governador pelo PT, Décio Lima, supostamente intermediária de doação à campanha da esposa Ana Paula Lima.
NA JUSTIÇA
Os dois casos já foram comemorados pelos citados como etapas superadas, pois por considerar o fato fora da Lava Jato mudaram o âmbito da investigação e também a instância de análise. Mesmo que tenham mudados os relatores do processo e os tribunais, os fatos ainda estão sendo investigados. Movimentados agora, em período de campanha eleitoral, eles podem ser potencializados à interpretação comum do eleitor.
NOVO VEREADOR
Marcos Meller, o terceiro suplente do PSDB, assumiu ontem a cadeira da vereadora Roseli De Lucca Pizzolo, que entrou na vaga de Moacir Dajori caçado pela Justiça. A nova titular optou por permanecer na Secretaria de Educação do município. Esta é a segunda vez que Meller assume. A anterior havia sido por dois meses em julho do ano passado, quando o partido promoveu um rodízio de cadeiras.
MAIS JOVEM
O novo vereador de Criciúma é o mais jovem que já ocupou este espaço. Concorreu com 18 anos e ficou como suplente. Com 18 anos chegou a assumir por dois meses e agora com 19 anos deve permanecer bom tempo na cadeira. Ele é acadêmico de Direito.
BATEU MARTELO
Após ameaçar desapropriar toda área de 19 mil metros quadrados do antigo campo do Catarinense, no distrito do Rio Maina, o prefeito Clésio Salvaro acertou ontem a compra de dois mil e 600 metros da área para a construção de uma unidade de saúde. A desapropriação aconteceria se o proprietário insistisse no preço antes proposto. Inicialmente o proprietário queria R$ 1,5 milhão pela pequena parte. Aceitou a oferta de R$ 290 mil para não ter prejuízo maior.
E AGORA
Para construir a unidade de saúde no local o governo necessita de autorização da Câmara de Vereadores, o que parece não ser difícil, pois a comunidade faz o apelo. A unidade deve ter o mesmo potencial de atendimento da já existente no bairro Santa Luzia. Maior e melhor equipada de pessoal e equipamento ela permite atendimento mais amplo.
RIO MAINA
No fim de semana, com o prefeito Clésio Salvaro em viagem, o Secretário Geral do Governo de Criciúma, Arleu da Silveira resolveu vistoriar obras. Disse que fez isso para não perder o cacoete de vereador, ou seja, “fiscal do povo”, como ele mesmo brincou. Do que viu o que mais lhe animou foi a obra do Parque do Imigrante no Rio Maina.
**COMPROMISSO COM O SENADO
Em uma reunião dos principais prefeitos da aliança MDB e PSDB, ontem em Criciúma, o prefeito Clésio Salvaro fez uma espécie de alerta. Relembrou episódios em que partidos de candidatos ao Senado, que em outros tempos se sentiram desamparados por seus coligados, recuaram no segundo turno da eleição. O recado ao MDB é que se os emedebistas não pegarem forte na eleição de Paulo Bauer (PSDB) ao Senado, o partido tucano pode ter alas que se retraiam no segundo turno. Teoricamente esta conversa deveria ter ficado entre os participantes da reunião, mas não ficou.
COORDENAÇÃO Sem dizer, emedebistas estão querendo “embretar” o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) escalando-o coordenador da campanha da majoritária do MDB. A reunião de ontem ainda não foi suficiente para definir.
DEU NEGÓCIO O negócio fechado ontem pelo prefeito Clésio Salvaro ao acertar a compra de uma área de terra para construir um posto de saúde no Rio Maina é bem o seu perfil. Fez a proposta ao dono da terra e deu a opção: “vende assim que é bom para o município ou o município decreta tudo de utilidade pública”.
E RÁPIDO O prefeito de Criciúma queria menos de 20 por cento da área do antigo campo do Catarinense, mas se necessário agiria com o rigor da lei sobre o total da área. Quando ele quer negociar, melhor aceitar as condições. Caso contrário o dono da área teria enormes prejuízos.
EMBARRIGANDO Existem rumores sobre a suspeita de que a demora na elaboração do projeto de adequação da nova sede da Câmara de Vereadores de Criciúma, pela equipe técnica da prefeitura, seja uma estratégia do Executivo para não fazer a transferência. O motivo pode ser evitar os gastos agora.
TE LIGA Ao retornar à Câmara de Vereadores foi recomendada maior cautela no tipo de matérias encaminhadas. O conselho é porque da outra vez que assumiu propôs uma matéria que geraria enorme transtorno ao comercio. A matéria foi vetada mais tarde pelo prefeito e a Câmara manteve o veto.
NO PREÇO Marcos Meller aprovou lei que obrigava o lojista a entregar o produto pelo preço de etiqueta que estivesse no produto, mesmo se houvesse algum engano. Da forma como havia sido aprovada poderia estimular a má fé de alguns clientes com a troca de etiquetas, sem que o lojista pudesse provar o contrário.
FICOU FORA A FIESC, que promoveu um encontro para ouvir a proposta dos candidatos ao governo melhor posicionados nas pesquisas excluiu entre outros o candidato d PSL, partido de Jair Bolsonaro. O fato levou a sigla emitir uma nota de repúdio.
HORÁRIO Aprovada ontem a mudança no horário das sessões da Câmara de Vereadores de Criciúma. A partir de segunda-feira elas iniciam às 17h e não mais às 19h.
FRASE DO DIA
“Comparados com outros Estados estamos melhores, mas comparando conosco mesmo vemos que temos muito que melhorar, ainda.”
Raimundo Colombo, ex-governador comentando avaliação da Folha de São Paulo, colocando Santa Catarina como o Estado que tem o melhor resultado com menos investimentos.