PSDB e suas contradições
PSDB MANOBRA SUA MASSA
No último sábado o PSDB catarinense anunciou a expulsão do prefeito de Rio do Sul, José Thomé, por este declarar apoio ao candidato Gelson Merísio (PSD). Vale perguntar: que moral tem um líder partidário de expulsar alguém, se este mesmo líder brada a mais de 3,5 mil filiados tucanos, em convenção estadual, uma coisa que dias depois é desfeita em gabinete fechado? Portanto, os convencionais tucanos saíram do encontro de Joinville com a garantia de que o partido não abriria mão de ter candidato a governador (Paulo Bauer) e uma vaga ao Senado (Napoleão Bernardes). São suspeitas todas as ações feitas em gabinetes fechados traindo o discurso assumido diante da massa. Por isso cabe perguntar: quem tem o direito de expulsar quem?
É NACIONAL
O presidenciável Geraldo Alkmin, que está encravado na margem de pífios seis por cento dos votos do eleitorado brasileiro, admite apoiar Fernando Haddad (PT), no segundo turno das eleições. Isso traduzido às bases significa vender a alma tucana ao diabo.
NO LOCAL
Em Criciúma a comunidade tucana admitia até um dia ter que criar alguma aliança com o PT, mas jamais com o MDB. Os líderes Clésio Salvaro e Eduardo Moreira tratavam-se, pelos microfones e até as portas dos tribunais, de “satanás” e “abutre”.
ENQUADRADO
Os empresários Flávio Spillere Júnior e Olvacir Bez Fontana procuraram, antes das convenções, o prefeito Clésio Salvaro, para propor-lhe um grande acordo no Sul. Para a região ter governador o prefeito tucano teria que colar no peito o “15”, o que ele rejeitou e com isso matou o plano Eduardo governador. “Se não vai por bem, vai por mal”. Hoje Clésio cola o “15” no peito para não sofrer o que sofreu o prefeito de Rio do Sul, a expulsão.
DESMENTIDO
O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, gravou um vídeo desmentindo a possibilidade de trocar seu apoio de candidato a governador. O vídeo de um minuto reafirmou os seus cinco votos e terminou com crítica ao blog onde a informação foi publicada reclamando: “que feio né Prisco”, referindo-se ao autor da nota.
A ORIGEM
A especulação sobre a mudança de voto não procede, mas tem dois fatores que alimentam a desconfiança de que isso poderia acontecer. Em 2010 o prefeito não apoiou o então candidato a governador Raimundo Colombo (DEM) e seu vice Eduardo Moreira (PMDB), da coligação onde estava o seu PSDB, preferindo Ângela Amin (PP).
BANDEIRAÇO
O governador Eduardo Moreira passou o fim de semana na região de Criciúma numa agenda mista de atividades oficiais e de campanha eleitoral. Ele empunhou a bandeira de Mauro Mariani e foi para a rua. Ele puxa a militância para ir à rua para eleger o seu substituto.
FACA, FAKE E NEWS
Pode ser de lamentar, mas não de estranhar que a partir de agora e até o dia da eleição circulem boatos e até notícias que não se confirmem. Do largo de quatro décadas de experiências, portanto quase 20 eleições, recolho a tese de que até as mais confiáveis fontes tornam-se perigosas nesta época. O jogo cega e até os mais antigos jogadores perdem a calma e a razão. Isso porque os interesses que estão em jogo são muitos.
MAIS PESQUISA Se na sexta-feira o Ibope divulgou uma pesquisa, hoje outra. Essa é do Instituto de Pesquisa Real Time Big Data e será divulgada pelos veículos da TC Record.
A OBSERVAR A partir de hoje os programas de rádio e televisão do MDB devem adotar um tom mais agressivo e acusatório. O alvo seria o candidato adversário Gelson Merísio. Para isso o partido mudou inclusive a equipe que elabora estes programas.
RETA FINAL O temor dos cabos eleitorais do candidato ao senado Paulo Bauer (PSDB) é que ainda nestas duas semanas de campanha, que restam, surja algum novo movimento naquela denúncia feita em delação premiada de que ele teria recebido R$ 11,5 milhões da Hypermarcas.
IÇARA Só a mobilização da sociedade pode fazer voltar à pauta o projeto que prevê a redução do número de vereadores em Içara. Depois que o Observatório Social apontou que a Câmara é a que mais gasta entre as cidades de porte idêntico, a retomada do movimento popular para enxugar o Legislativo questão de ter uma liderança.
CUSTOS Pelo estudo do Observatório Social do município o custo do Legislativo içarense para cada contribuinte é de R$ 97,93, o que significa o dobro do que custam Câmaras de cidades com o mesmo tamanho.