ELE NÃO, NEM EU, NEM O OUTRO
O PSDB é o primeiro grande perdedor desta eleição. No panorama nacional tem o sabor de um chuchu e na estadual decidiu incorporar a fórmula que era do MDB, que é estar onde o governo estiver. Na nacional porque Geraldo Alkmin sintetiza no que se transformou o partido que tinha a responsabilidade de capitanear a oposição ao PT. O PSDB virou um partido inerte e mero coautor. No Estado, interesses que ainda precisam ser melhores esclarecidos, tiraram a sigla da ponta do trampolim para virar alavanca do MDB. De dois senadores tende a passar a nenhum e abdicou do discurso da mudança, que era o som desejado pelo eleitor. Passou a oferecer um seu – Napoleão Bernardes – para ser o fato da eleição que vai manter o MDB no poder. É a tendência. Assim, o PSDB catarinense adota a tática do MDB, que é: ter brevê para pilotar a aeronave, mas prefere viajar de primeira classe bebendo champanhe.
TESTANDO OS TIMES
Análise extremista sugere que está em jogo no Brasil um teste de força do movimento Pró-PT e Anti-PT. Isto significa Lulismo X Bolsonarismo. Jose Dirceu deu entrevista ao jornal argentino El País, semana passada, falando em tomar o poder. A tenacidade do Lulismo está testada, resta saber o tamanho da força do Bolsonarismo.
O QUE RESTA
Aparentemente a briga real das eleições fica por conta do voto aos candidatos a deputado federal e estadual. O cenário deste ano é mens propenso a surpresas como na anterior. Na eleição presidencial Santa Catarina tem cenário aparentemente muito claro. Na eleição para governador só uma fato muito significativo altera a composição o segundo turno, o que, aliás, é óbvio. Resta a briga pela segunda vaga do Senado, já que a primeira também parece definida.
CAMPANHA TÍMIDA
Apesar de ter se intensificada nos últimos dias a campanha eleitoral está longe de ser o que foi em outros anos. E não é só porque a legislação diminuiu o tempo de campanha e fez algumas outras mudanças, mas também porque a eleição presidencial roubou a cena e a eleição para governador não empolga pelos nomes novos da disputa.
PELO SUL
Candidato ao Senado, o deputado federal Jorginho Mello (PR) fará agenda no sul no início desta semana. A agenda é organizada pelo aliados de Criciúma e região, entre eles o jornalista Nicola Martins, dos jovens nomes do partido e que hoje é um dos mais influentes nas redes sociais.
CAMPANHA NA JUSTIÇA
Não que esta tenha sido uma eleição judicializada. De longe não foi, mas o ex-governador Raimundo Colombo foi quem mais teve que mobilizar sua equipe jurídica. Alvo preferido passou boa parte da campanha lidando nos tribunais. Até agora ganhou todas. Mesmo assim resta esperar para se saber qual o efeito que as denúncias desmentidas pela Justiça terão na sua eleição. Ontem a Justiça aplicou multa de R$ 100 mil no concorrente Jorginho Mello por propaganda contra Colombo.
CURIOSO Vale observar como os tucanos de Santa Catarina vão se comportar hoje às 16h30min, quando o presidenciável Geraldo Alkmin (PSDB) vai fazer caminhada no centro de Florianópolis. Isso porque vários deles já declararam voto em Jair Bolsonaro (PSL).
TUCANO Um dos poucos líderes tucanos a se posicionar na campanha presidencial tem sido o deputado federal Marco Tebaldi, que busca o terceiro mandato. Ele trata de “infidelidade, falta de ética e falta de caráter” dos tucanos que debandaram da campanha de Geraldo Alkmin.
MERÍSIO Um cálculo feito por articuladores de Gelson Merísio sugere que ao anunciar voto em Bolsonaro ele ganhou mais votos do que ganharia dos petistas no segundo turno. O candidato a governador vinha recebendo apelos para fazer o gesto feito.