PSL REPELE ESPECULAÇÃO
O que pela ótica aqui da coluna de ontem seria um fato a ser comemorado pelo Sul, com uma indicação do deputado Ronaldo Benedet para a Secretaria de Segurança Pública no futuro governo, para alguns repercutiu diferente. Foi olhado, também, por alguns leitores como fato negativo. Creio que por quem ficou restrito à discussão simplista do “anti-partidarismo”. Parece-me que esta discussão está vencida. Até porque ninguém de sã consciência pode imaginar que algum governador governe sem apoio de siglas. Pela nossa legislação ninguém se elege sem partido e não é o partido que define o caráter ou capacidade de qualquer um. Insisto na tese de que o Sul deveria brigar pela vaga tendo alguém com as credenciais que tem. Concordo que isso pode, e deve ficar para depois do segundo turno.
POSIÇÃO
O PSL de Santa Catarina informou através de nota que o candidato Comandante Moisés, enfatiza que se mantém dirigido na proposta de “despolitizar” o Governo e, aliado a isso, se manterá firme em governar Santa Catarina com profissionais de carreira. Desta forma, não existe possibilidade de nomear deputados.
DESCARTADO
Em virtude da nota, cuja pretensão era apenas defender potenciais do Sul para compor governo, o próprio candidato a governador, Comandante Moises, gravou um vídeo rechaçando a possibilidade. Descarta qualquer possibilidade de aliança ou nomeação de personagens tradicionais da política. Assim, coerente, o PSL ratifica fidelidade com o eleitor que lhe proporcionou tão grande votação.
EQUIVOCADO
Parece-me fora da lógica o temor de alguns - que respeito, mas divirjo - de que uma nota de jornal tenha potencial para mudar o resultado de uma eleição. Quero crer que a reação é fruto da inexperiência dos que de fato são novos no processo e que por serem novos e que foram eleitos. Isso é tão óbvio quanto a percepção de que: “melhor já ir se acostumando” com opiniões e especulações divergentes.
CONVENHAMOS
Por experiência - ratificada nestas eleições – digo que notas ou comentários não são capazes de influenciar um eleitorado como este que deu extraordinária votação aos eleitos do PSL. Se nem fatos concretos e noticiados pelos maiores veículos tem esta capacidade, não é uma despretensiosa nota comentada que teria capacidade de mexer no cenário. Eu digo: “Não é uma prancha de esqui cravada na neve que vai segurar uma avalanche”.
ANÁLISE
Analiticamente falando, se há quem possa reclamar da especulação na nota, seria o próprio deputado Ronaldo Benedet, cujas circunstâncias podem tê-lo prejudicado. Nem a um, nem a outro a intenção foi ou é criar embaraços. Pelo contrário, segue minha opinião de que o Sul tem grandes nomes para compor governo.
VIGILÂNCIA
Em relação a nota o deputado eleito Jessé Lopes foi rápido e prático ao se dirigir à coluna. No tom adequado e conteúdo prático do que se imagina de um representante da sociedade, cobrou o que ele considera uma correção e que eu considero uma emenda, não que tenha qualquer dificuldade em fazer correção.
VOU NA RETÓRICA
Dada a polêmica que o fato ganhou e o respeito aos leitores, invoco a credibilidade acumulada para lembrar que a coluna mantém posição de transparência, seja de vínculos, opinião e liberdade de expressão. Não há vento ou qualquer outra força ou interesse, capaz de envergar a opinião que é o ofício.
PEDÁGIO SIM, MAS DEMORA
A audiência pública realizada ontem pela ANTT em Criciúma, para discutir a instalação das praças de pedágio no trecho sul da BR-101 resume-se à uma expressão comum aos criciumense: “vai acontecer mas demora”. Quer dizer: não será tão simples assim. Até que de fato este processo esteja concluído há muito a discutir. Questões como a falta de familiaridade dos técnicos com nossa região provocaram a primeira estranheza. A proposta apresentada parece desconsiderar a realidade, o que pode provocar equívocos como aqueles que obrigou a mudança de praças de pedágio depois de instaladas em várias cidades brasileiras, inclusive Palhoça que é do trecho sul. Situações como essa contribuíram para que os participantes que deram quórum quantitativo e qualificado satisfatório fossem deixando a reunião na certeza de que assim como está proposta não pode ser implantada.
COMPENSAÇÃO Uma das maiores estranhezas manifestadas na audiência pública de ontem é que passados muitos anos se constatou que o valor fixado no valor de pedágio no trecho norte ficou abaixo do que é considerado necessário. Como a concessão é por 30 anos correções não podem ser feitas e o trecho sul sendo da mesma obra haveria compensação.
BEM REPRESENTADA Não se pode negar que a representação na audiência pública de ontem foi boa, tanto em quantidade como em qualidade.
IMPRESSIONA A Feira CasaPronta que está acontecendo até domingo no Pavilhão de Exposições José Ijair Conti em Criciúma é evento digno de visita. A estrutura montada pelos expositores e organização não deixa a desejar a nenhuma outra grande feira do país.
DEVOLUÇÃO Sai nesta semana a condenação do ex-prefeito de Nova Veneza, Evandro Gava, à devolução de R$ 35 mil reais em processo que a Câmara de Vereadores na época denunciou como carros abastecidos “em cima do toco”, isto é: que não estão rodando.
FRASE DO DIA
“Não é possível que a proposta de pedágios no Sul, que nos conhecemos hoje aqui, proponham que a nossa região que é a mais pobre do trecho compense equívocos cometidos no trecho norte, que é o da região mais rica.”
Murialdo Gastaldon, prefeito de Içara comentado a audiência pública sobre as praças de pedágio no trecho sul da BR-101, realizada ontem. Isso porque o valor das praças do sul será maior também para compensar valores cobrados a menor no trecho norte.