AS ESTRATÉGIAS DA ELEIÇÃO
Líderes políticos de quase todos os partidos estão sendo procurados pela candidatura de Gelson Merísio para emprestar apoio no segundo turno das eleições. Já a candidatura do comandante Moisés, fiel ao seu discurso, de chapa pura e de descolar de qualquer liderança antiga da política, não procura ninguém. Isso tem levado líderes com boa base eleitoral a indicar aos seus cabos eleitorais que trabalhem o voto da candidatura de Merísio. E isso acontece por duas razões: uma é forma de reclamar ao fato do PSL considerar-se autossuficiente e a outra porque pedido de apoio não se ignora assim olimpicamente. Aquilo que o PSL considera como ação livre das velhas práticas políticas e considerado demonstração de autossuficiência ou prepotência, por seus adversários.
LENHA NA FOGUEIRA
Semana passada uma cogitação do aproveitamento do ex-deputado Ronaldo Benedet (MDB) no provável governo do Comandante Moises gerou enorme críticas. No fim de semana em todas as regiões do Estado a relação do Comandante Moisés e o MDB foi o assunto. A especulação mais forte é do jornalista Marcos Schettini, que escreve sobre um escritório de lobistas perto do Beiramar Shopping que estaria negociando vagas para um possível governo.
CENTRO DO DEBATE
Colunista nenhum gosta de passar informação errada, mas ao perceber a reação de leitores, quando na semana passada escrevi sobre a possibilidade do sul ter aproveitado um nome político para a Segurança, passei a prestar ainda mais atenção. Percebo que não sou o único a ter esta interpretação. Na sabatina na rádio CBN o Comandante Moisés deu a entender que pretende manter o atual comando-geral da PM.
É DO PROCESSO
Não é novidade que as especulações recaiam, desta vez, sobre a candidatura do PSL, que até então era ignorada inclusive pela imprensa. No primeiro turno os focos e críticas estavam nas relações do candidato Gelson Merísio com problemas do governo de Raimundo Colombo e seu cunhado Antônio Gavazzoni. No instante que o PSL surpreendeu e põem-se na frente nas pesquisas, expõem-se também ao noticiário.
POSIÇÃO FIRME
O PSL tem reafirmado que não há negociação para aproveitar qualquer partidário do MDB ou de oura sigla e que o governo vai prestigiar agentes técnicos e não políticos. Este tem sido, aliás, o maior aborrecimento do partido do candidato Comandante Moisés, ou seja, contrapor especulações e informações do que seria esta possível aliança branca.
NAS POLÍCIAS
Existe a suspeita de que o histórico conflito entre as polícias Civil e Militar esteja acirrado por conta das eleições. Isso porque existe uma divisão de entre os vínculos políticos dos principais líderes das corporações. Especialmente desde os tempos do governo Luiz Henrique da Silveira as forças militares se aproximaram mais do MDB. Por óbvio, as forças civis encontraram melhor amparo na ala peesedista do governo.
FIM DE SEMANA
Um episódio deste fim de semana, em que duas policiais civis relatam terem sido agredidos por policiais militares na oktoberfest em Blumenau, pode potencializa a divisão das corporações. O MDB é tido como partido que valorizou e estruturou melhor a PM e principalmente o Instituto Geral de Perícias. A “civil” reclama isso abertamente.
DO MAGISTÉRIO
Embora tímido por todo o estado, no Sul começou no fim de semana uma espécie de alerta de líderes dos professores ao que consideram o magistério em situação de extrema dificuldade. No áudio distribuído no grupo de professores o discurso é que os professores conhecem Gelson Merísio que é considerado inimigo da educação, mas se mostram preocupados com o discurso agressivo ouvido do que classificam de “desconhecido” comandante Moisés.
CÂMARA
Por nove votos a cinco a Câmara de Vereadores de Içara rejeitou ontem a possibilidade de criar uma lei segundo a qual todo o vereador que assumir um cargo de indicação no Executivo precisa renunciar ao cargo eletivo. A matéria tinha orientação de rejeição pela equipe jurídica do Legislativo. Isso já ocorre em outra época em Criciúma. Assim segue a possibilidade de um vereador eleito assumir cargo no Executivo abrindo vaga para o suplente na Câmara e voltando quando desejar.
PRÓXIMO Deve entrar na pauta da Câmara de Vereadores de Içara projeto que propõe a redução de 15 para 11 vereadores. A proposta é defendida pelo presidente do Legislativo, vereador Alex Miches. Ele quer diminuir o número de vereadores, ou o salário dos 15 e dos seus assessores.
ESTRANHEZA Muito estranha a reação de alguns setores da imprensa à fala do deputado filho de Jair Bolsonaro sobre o fechamento do STF. Ora, quantas vezes essa fala foi feita antes pelos líderes do PT, sem que tivesse a mesma repercussão.
APANHA EM CASA É no mínimo intrigante que nas sessões da Câmara de Vereadores os discursos de cobranças à ausência de ações do Executivo sejam justo da base aliada. Ontem os mais ácidos foram os vereadores Júlio Kaminski, que é do partido do prefeito (PSD) e Salésio Lima, que é do partido do vice-prefeito (PSD).
DERROTA As derrotas do Executivo não estão restritas aos discursos da tribuna livre, mas ontem de novo os vereadores derrubaram o veto do prefeito aa uma lei criada para um projeto que institui o banco municipal de material ortopédico. O governo alega que outros programas contemplam a necessidade. Não é o que os vereadores entendem.
CONTRIBUINTE Depois do programa de recuperação fiscal (Refis), o governo de Criciúma está criando o programa de incentivo Criciúma Legal, que oferece facilidades para pagamentos do Habite-se e do ITBI. O contribuinte que necessita efetuar o pagamento do ITBI, para realizar transferência de imóveis, conta agora com a facilidade de pagamento em até 12 vezes, via boleto bancário.
CONTAS O Tribunal de Contas do Estado aprovou ontem as contas do exercício 2017 da prefeitura de Nova Veneza. Aprovação sem restrições.
BR-101 A audiência pública de ontem em Brasília foi a terceira e última da etapa do debate aberto para o processo de instalação das praças de pedágio no trecho sul da BR-101. Ontem menos de 50 pessoas participaram da reunião. Teoricamente esta etapa está vencida.