MAIS FORTE DO QUE NUNCA
Eduardo Moreira não disputou a vaga de candidato a governador dentro do MDB para não gerar um debate radical. Cedeu para dar consenso. Antes tentou em sua cidade (Criciúma) o aval que julgava fundamental para apresentar-se no partido. Não forçou e ao natural o movimento pelo governador do sul não foi compreendido. Ele compreendeu que a combinação dos fatos sugeria outro caminho. O que lá atrás parecia uma sucessão de derrotas constituiu-se numa grande vitória do governador, que revela ser de várias vidas na política. Quem não lembra quando após a eleição de prefeito em 2000 era dado como “carta fora do baralho”. Voltou mais forte do que nunca. Desta vez a sucessão de fatos lhe põe como o emedebista que caiu de pé e abre perspectivas que podem fazê-lo mudar os planos da aposentadoria. Os três primeiros dias da transição lhe colocam como conselheiro do novo governador. Dos grandes caciques da política Eduardo foi o único que não perdeu. Ele já é o maior nome do Sul na política.
NA ASSEMBLEIA
Pode se creditar na conta coletiva do movimento que vai eleger o presidente da Assembleia Legislativa do Estado parcela relativa ao deputado governador Eduardo Moreira. Foi ele quem untou com a benção emedebista o então conselheiro do Tribunal de Justiça, Júlio Garcia, para aparar arestas que mantivessem PSD e MDB juntos. A barreira foi Gelson Merísio que agora perdeu a eleição e está fora da Assembleia que deve ter Júlio Garcia como principal líder.
CONTRAMÃO
Primeiro o governo de Criciúma barrou os alunos de outros municípios nas suas escolas municipais. Deu polêmica e ontem a situação começou a ser revertida. Difícil entender porque o acordo encontrado ontem, viabilizando a manutenção das matrículas, não foi experimentado antes. Primeiro houve a ordem, o desgaste, a indignação da comunidade e por fim a solução. Era só começar pelo fim.
OUTROS CASOS
Essa polêmica da restrição ao atendimento de pessoas de outros municípios não é de hoje e os gestores, na contramão da lógica, insistem em apelar para a solução mais cômoda. Isso já acontece no caso da saúde, agora na educação e amanhã em outros como é o caso da Infraestrutura, onde já existem alguns acordos, como o que Criciúma fez com Siderópolis. É mais do que momento para que a região se pense como região.
MOVIMENTO
O criciumense Sérgio Fernandes, Cabeça, está buscando a opinião e apoio de amigos e pessoas que conhecem o cirurgião dentista Júlio Lopes sugerindo o seu nome para um cargo estratégico no governo do Comandante Moisés. Seria na área de Turismo, Esporte ou Cultura. Não necessariamente na condição de Secretário, mas a defesa é que o seu talento não pode ser desperdiçado.
DIA DE FINADOS EM PAZ
Este deve ser um Dia de Finados com menos polêmica do que o próximo. Até 2019 deve estar valendo a nova gestão administrativa dos quatro maiores cemitérios de Criciúma. A Somatem, que está desde 1999 a frente da gerência dos cemitérios do bairro São Luiz, Rio Maina, Brasília e Sangão está saindo. A concessão termina apenas em 2023, mas o falecimento do proprietário da empresa em 2010 fez mudar algumas coisas na empresa. É provável que o governo não encontre tão facilmente uma empresa para assumir o serviço em cemitérios lotados. Se a própria administração municipal assumir este papel as dificuldades são velhas conhecidas.
POLÊMICA Dois deputados estaduais eleitos pelo PSL em Santa Catarina geraram polêmica nesta semana. Ana Campagnolo, de Itajaí por oferecer um número de telefone para receber vídeos de professores que fizessem manifestação política em sala de aula. Jessé Lopes, de Criciúma, por fazer uma postagem no facebook sobre uma lei na Rússia, que proibe pessoas do mesmo sexo se beijando em público.
NÃO ESQUECE Basta surgir qualquer polêmica para o assunto Casan e Agesan caírem no esquecimento na Câmara de Criciúma. De repente o assunto saiu de pauta de novo. Já tivemos vereador prometendo que agora sim era o fim da intolerância. Será?
TURISMO Teria havido um movimento de bastidores nos setores de Cultura, Esporte e Turismo para não votar no candidato Gelson Merísio, quando num dos debates o candidato esquivou-se da pergunta feita pelo Comandante Moisés sobre a possibilidade de extinção da Secretaria que cuida destes setores.
PROPOSTA Gelson Merísio tinha como alvo o fortalecimento da Santur e ao se referir ao turismo insistia com a tese de que ele se fortalece com a iniciativa privada, cabendo ao Estado melhorar a Segurança, item que pesa cada vez mais na escolha dos destinos turísticos.
MUITA FARDA Entre os funcionários públicos na capital um dos principais temores é que haja uma verdadeira “invasão” de servidores fardados em cargos de confiança. Isso é tão significativo que existe um movimento carinhosamente chamado “civilizatório”.