DUAS CHAPAS NA DISPUTA
Foi registrada ontem pela bancada governista a chapa de oposição à eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Criciúma. PSDB e PSD, partidos do prefeito e do vice, respectivamente, integram a chapa liderada pelo vereador Daito Feuser que tem como candidato a vice Zairo Casagrande, a primeira secretária Geovana Zanette e segundo secretário Salésio Lima. A eles somam-se outros quatro votos de bancadas totalizando oito. A situação vem com chapa formada desde um acordo costurado em final de 2016. Por aquele acordo foi inscrita na semana passada a chapa que tem Miri Dagostin (PP) candidato a presidente, Jair Alexandre (PSC) vice, Aldinei Potelecki (PRB) como primeiro secretário e Toninho da Imbralit (MDB) segundo secretário. Este grupo tem mais cinco votos assegurados. A eleição da Câmara de Vereadores de Criciúma será hoje.
PELA IDADE
Um voto que sai do grupo dos nove, seja para votar na oposição ou um vereador dos nove que faltar à eleição de hoje dá vitória à oposição na Câmara e que significa base do governo. Isso porque a soma de idade dos vereadores de oposição é de 211 anos, enquanto na chapa do grupo dos nove a soma é de 210 anos. O artigo 14, parágrafo 2º do Regimento Interno tem como regra de desempate a média de idade da chapa.
SE UM FALTAR
O resultado da eleição de Criciúma está sacramentado se os nove vereadores comparecerem à sessão de hoje. Se um só do grupo dos nove não comparecer, seja por qual for o motivo, a chapa do grupo dos oito ganha, justo por que “joga” com o fator “idade” como item de desempate a seu favor.
AS APOSTAS
Ao comentar as apostas em reversão do jogo em seu favor, o vereador Dailto Feuser disse acreditar que a vereadora Ângela Melo (MDB), que se elegeu suplente pelo PP e que assumiu a vaga do vereador Daniel Freitas (PP), possa diminuir o grupo dos nove porque ela não assinou o acordo em 2016. Outra aposta de Feuser é o vereador Jair Alexandre, que apesar de ser do grupo dos nove, foi líder do governo.
PROVA DOS NOVE
Relembrando que o acordo dos nove, como ficou conhecido, foi formado com o compromisso de assegurar os dois primeiros anos para o vereador Júlio Colombo (PSB), o ano de 2019 para o PP e 2020 para um vereador do MDB. O compromisso parece mantido.
FIO DO BIGODE
A palavra também está sendo honrada em Siderópolis onde o MDB liderado pelo prefeito Hélio Cesa Alemão manteve acordo firmado logo após as eleições municipais de 2018. Ontem, uma semana antes da eleição que acontece no dia 17, segunda-feira, foi inscrita a chapa que reafirma isso.
A CHAPA
A chapa inscrita em Siderópolis – as inscrições podem ser feitas até duas horas antes da eleição – tem como candidato a presidente: Lilo Remor (PSB), vice: Janete Trento (MDB), primeiro-secretário: William Bonassa (PSD) e segundo-secretário: Rodrigo Peterle (MDB). O mesmo documento é assinado ainda pelo vereador Franqui Salvaro.
FORÇA DA CHAPA
Na chapa inscrita para disputar a presidência da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Siderópolis nota-se a presença dos três maiores líderes da política no município: o empresário Henrique Salvaro (PSB), o prefeito Helio Cesa Alemão (MDB) e o ex-prefeito Douglas Guinga Warmling (PSD).
QUANDO DEVER É BOM NEGÓCIO
A dívida da administração municipal com o sistema de previdência dos servidores é um bom negócio para a prefeitura. Desde que existe o CriciúmaPrev existe dívida dos prefeitos. Por força e brechas da lei, todos os fins de ano os prefeitos encaminham à Câmara de Vereadores o parcelamento dos débitos o que os torna gestores adimplentes perante o sistema de fiscalização. Acontece que da forma como os fatos se sucedem é um bom negócio o prefeito atrasar o repasse, pois a multa paga é bem inferior aos valores arrecadados com a aplicação deste dinheiro. Se a prefeitura pagasse a conta este dinheiro seria aplicado pelo sistema de previdência reforçando o seu caixa. Como é dívida do Executivo, quem aplica o dinheiro é a prefeitura. Hoje de novo a prefeitura e Câmara de Vereadores analisam detalhes da lei que vai aprovar novo parcelamento da dívida.
PARCELA Ontem os vereadores de Criciúma estiveram reunidos com os representantes do CriciumaPrev. Ouviram que da forma como esta a lei a parcela a ser paga pela prefeitura todos os meses salta dos atuais pouco mais de R$ 200 mil para R$ 1 milhão.
SEDE NOVA Existe uma proposta estranha na Câmara de Vereadores de Criciúma. Trata-se da possibilidade da descentralização dos serviços. A proposta do vereador Júlio Colombo é levar a sede atual para três endereços até que fique pronta a nova sede.
PARTE UM O plenário e a parte administrativa central da Câmara ficaria na antiga sede do Ministério Público do Trabalho e os gabinetes em um ou dois outros endereços, todos alugados nas proximidades da prefeitura. A ideia parece absurda, mas é o que se discute nos bastidores.
FIO DESENCAPADO Em Nova Veneza “tem fio desencapado”. Trata-se do projeto do governo que pretende aumentar a contribuição da taxa de iluminação pública em 33 por cento. A matéria não deve ser cotada hoje provocando sessão extraordinária.
COMUNICAÇÃO A área de comunicação do futuro governo do Estado perdeu status de Secretaria, pois ficará ligada diretamente ao gabinete do governador, mas já tem titular. Foi anunciado o jornalista Ricardo Dias, âncora da NSC de Criciúma, como titular.
DE TUBARÃO Ricardo Dias é paulista mas radicado há muito tempo em Santa Catarina, formado pela Unisul e morador de Tubarão por muito tempo. Foi lá que conheceu o hoje governador Comandante Moisés e o presidente estadual do PSL, Lucas Esmeraldino. Eles frequentam a mesma igreja.
FRASE DO DIA
“Nós não inscrevemos a chapa só por inscrever. Tem a Ângela (Melo), o pastor Jair que já foi líder do governo e o Potelecki. Qualquer um destes ou até outro pode votar com a gente. Não vamos desistir de convencê-los.”
Dailto Feuser, vereador do PSDB que liderou o grupo que apresenta chapa de oposição à atual Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Criciúma.