SEGUE O DEBATE DO CAFEZINHO
O Estado não pode ficar no debate do cafezinho, nem dispensar olhares sobre o gesto. Santa Catarina tem pressa em ações de grande repercussão econômica e social. Este pode ser o primeiro pecado do novo governo, sobre o qual não se lança suspeita como era comum em movimentos dos anteriores. Até agora a discussão de repercussão se recolheu ao campo da mesquinharia, mas pelo menos uma que foge à pequenez: a das isenções fiscais. Mesmo assim estamos longe de um debate ou ensaio de ação maior. Mesmo assim o setor produtivo não está descontente. Isso ocorre porque o que se passou a esperar dos governos é que ele não atrapalhe o desenvolvimento. Esta pode ser a primeira grande obra do governo, embora nada tenha sido, ainda, feito de prático neste sentido.
FALTA REFORMA
A primeira semana de governo de fato, ou seja, quando o parlamento retomou as atividades resumiu-se ao debate preferencial do corte do cafezinho, a economia de papel do governo e o decote da deputada Paulinha da Silva (PDT). Ao contrário do que se imaginava o governo ainda não enviou à análise da Assembleia Legislativa a reforma administrativa.
SEM CAFÉ...
O governador que cortou o cafezinho é personagem de uma foto em que reuniu a bancada do PSL e aparece tomando champanhe com alguns dos convidados. A imagem deve ser a preferida da oposição na semana que vem. Poderia se dizer que não há nada de errado em tomar champanhe, mas o comparativo com o corte do cafezinho será inevitável.
TACADA DE MESTRE
Os prefeitos da região da Amesc tiveram reunião emergencial na última quarta-feira para deliberar sobre a contratação de uma consultoria com uma das maiores autoridades do setor agropecuário do Estado, o ex-Secretário de Estado da Agricultura, Airton Spies. Todos os 15 municípios da região extremo sul do Estado, têm no setor do agronegócio a base da fonte de arrecadação.
TURISMO
Considerara uma das regiões mais pobres, e por vezes criticada por sua desarticulação política, a região da Amesc dá mostras de transformação. Desde a posse do novo presidente, prefeito Arlindo Rocha, de Maracajá, pelo menos meia dúzia de ações coletivas foram encaminhadas. Uma delas está no turismo que não é explorado por falta de articulação.
CREDENCIAL
Fato novo entre associados da Coopera (Forquilhinha). Faltando um ano para nova eleição nem todos sabem que para concorrer a qualquer cargo é necessária uma pequena, mas imprescindível, capacitação. É novidade e está no estatuto.
TREVISO
Neste sábado acontece eleição do Conselho Fiscal da Certrel. De novo duas chapas disputam os seis cargos, sendo três membros titulares e três suplentes. Estas eleições são sempre preliminares para a disputa do Conselho de Administração que ocorre de quatro em quatro anos. A próxima eleição será em 2021.
CONFLITO POLÍTICO
Nesta semana moradores da Mina do Mato realizaram uma reunião ordinária do conselho local de saúde na rua, na frente da unidade de saúde. Isso porque a Secretaria de Saúde proibiu o uso da parte interna. Óbvio a reação ganhou contorno político. Três vereadores comparecem. São os três que se colocam mais frequentemente como oposição.
O CUSTO DE UMA MENSAGEM
A assessoria do governo do Estado divulgou um contraponto ao que o deputado Keneddy Nunes (PSD) falou ao longo da semana, quando reclamou que o governador alegou economia com papel, mas teria gasto mais com os pencards em que foram entregues cópias da mensagem anual. O centro administrativo diz que se o governador tivesse optado por imprimir na íntegra a mensagem os valores poderiam ultrapassar R$ 12 mil. O cálculo foi feito com base em comparativo da última mensagem lida em janeiro de 2018, quando alguns exemplares foram impressos em formato de livro, ao preço unitário de R$319,50, mais R$ R$ 1.297,50 para aquisição de 50 pencards.
CÁLCULOS O programa “Governo Sem Papel”, que motivou a entrega da mensagem em formato digital e não no modelo tradicional de papel deve gerar economia anual de R$ 29 milhões aos cofres públicos.
PREÇO PAGO Os 50 pencards, estampados com a bandeira do Estado, foram adquiridos por R$ 27,50 cada, totalizando R$ 1.375,00. O governo lembra que os deputados podem dar outro destino aos pencards, inclusive como arquivo pessoal ou para armazenar os projetos de Lei de interesse da população.
AEROPORTO Aeroporto de Jaguaruna merece atenção. Falta de cuidado começa na cancela de acesso ao estacionamento, que “vive emperrada” como diz o próprio funcionário.
REAÇÃO Prefeitos que sofrem denúncias de irregularidades que acabam não se confirmando estudam a possibilidade de abrir linha de processo contra os autores. Nos casos de denúncias anônimas estudam entrar contra as autoridades que aceitarem tais denúncias. Justificam a medida com o prejuízo de imagem que sofrem quando da abertura dos inquéritos.