PAIOL ENTRA E ANGELA SAI
Ontem no meio da tarde a presidência da Câmara de Vereadores de Criciúma foi notificada da decisão do Tribunal Regional Eleitoral que decretou a perda do mandato da vereadora Ângela Mello, por infidelidade partidária. Ela elegeu-se suplente pelo PP, mas migrou para o MDB. A decisão altera a composição do Legislativo mais uma vez. A mesma sentença determina que o presidente da Câmara dê posse ao suplente imediato do PP, neste caso Edson Luiz do Nascimento, o Paiol. Ele já foi comunicado que vai assumir hoje às 15h.
CADEIRA VAZIA
A decisão do TRE afasta qualquer possibilidade da Ângela Melo assumir nesta legislatura, exceto se houver uma reversão desta decisão no Tribunal Superior Eleitoral, que é para onde ela recorreu. Mantida a decisão ela está fora, mas não perde os direitos políticos e pode disputar as próximas eleições. Ontem Ângela nem foi à sessão.
TESE DO RECURSO
O advogado Alexandre Barcelos João, que defende a vereador Ângela Melo, é uma das maiores autoridades do direito eleitoral do Sul do Estado. Ele defende no TSE a tese de que ela migrou para um partido sem ferir o princípio da base de cálculo que define a composição das bancadas. A vereadora que perdeu o mandato não saiu da linha de cálculo do quociente eleitoral. Já a tese do advogado Alessandro Abreu, procurador do suplente Paiol, defende que a vaga é do partido independentemente de coligação.
OS VOTOS
Na eleição a coligação PP e MDB elegeu seis vereadores. Pelo PP: Daniel Freitas (3.423) e Miri Dagostin (2.013). Pelo MDB: Paulo Ferrarezi (3.133), Tita Beloli (2.347), Toninho da Imbralit (2.010) e Ademir Honorato (1.949).
SUPLENTES
Os suplentes da coligação foram: Ângela Melo eleita pelo PP, mas que foi para o MDB, (1.814); Vanderlei Zilli, do MDB (1.689) e Edson Luiz do Nascimento Paiol, do PP (1.452).
DISPENSÁVEL
Na semana passada antecipei no espaço de bastidores aqui da coluna – onde estão preferencialmente especulações mesmo sem confirmação oficial – que o vereador Zairo Casagrande (PSD) deveria ser convidado a deixar o seu partido. Ontem uma fonte diretamente ligada ao presidente do partido confirmou o que era especulação. O vereador foi convidado a deixar a sigla, mas silenciou.
VAI EM PAZ
A oferta feita ao vereador Zairo Casagrande é para que deixe o PSD sem risco de perder o mandato. A medida é consequência da infidelidade do vereador em relação as orientações do partido. PSD é a sigla presidida pelo vice-prefeito Ricardo Fabris e ultimamente ninguém é mais ácido nas críticas ao governo que Zairo. A vereadora Camila do Nascimento e o colega Salésio Lima, do mesmo partido, já estão alinhados.
NUVEM SUBTERRÂNEA
O prefeito de Orleans, Jorge Koch (MDB), levou ontem ao governador e ao presidente da Assembleia Legislativa convite para evento de assinatura do termo de cooperação da empresa multinacional “PIQL” com a universidade local Unibave, ato que ocorre na próxima terça-feira. A parceria deve render a instalação de um bunker extremamente protegido – subterrâneo - para guardar a digitalização de milhões de páginas de documentos de todo o mundo. A área escolhida fica na divisa de Orleans e Urubici.
SUPER SEGURO
A sede da empresa PIQL fica na Noruega e o serviço é de armanezamento de dados tem promessa de guardar o material por dez mil anos. São documentos de várias partes do mundo transferidos para o sistema digital. Os dados são mantidos “off line” para evitar qualquer tipo de ataque cibernético. Estes depósitos são verdadeiras fortalezas em cavernas ou túneis e áreas fortemente seguras.
JÁ EXISTEM
Projetos de “nuvens” que guardam informações em gigantes de tecnologia existem me várias cidades catarinenses, inclusive em Criciúma. O diferencial deste parece ser a construção de um “forte subterrâneo”.
SUBSTITUINDO AS REGIONAIS
Tanto na AMREC (região carbonífera) como na AMESC (extremo sul) os prefeitos deflagraram movimentos para suprir a ausência das Secretarias Regionais – SDRs ou ADRs. Entendimento é que sem estes instrumentos do governo abre-se uma lacuna onde precisa ser feita a articulação política, tanto de união para exceção de serviços comuns como à mobilização política necessária. Não que isso seja uma forma de lamentar a ausência das regionais, mas a demonstração de que desde sempre elas poderiam ter sido distribuídas pelas associações de municípios. Este é o verdadeiro movimento de força dos municípios e ele gera menor aparato administrativo.
CHUMBO GROSSO O ex-governador Eduardo Moreira partiu para a guerra pública com o jornalista Claudio Prisco Paraíso, após sofrer crítica em artigo publicado na última sexta-feira. No texto o autor da matéria relaciona Moreira e Dário Berger à derrocada do partido.
NA REAÇÃO Na reação Eduardo Moreira põe em cheque a credibilidade do jornalista, sugerindo que lhe fora feito algum pedido escuso, sem, entretanto, dizer o que. Já o senador Dário Berger silenciou em relação ao comentário.
ABSURDO Em Nova Veneza um cidadão arrancou parte do asfalto da localidade de “Baixada” no Caravággio, onde segundo ele e amigos a obra não estava boa. Se a moda pega! Ontem familiares dele revelaram arrependimento e tentam evitar processo judicial.
QUATRO ELEMENTOS Ontem uma destas observações de redes sociais relacionou as quatro tragédias deste ano: terra (Brumadinho), água (enchente no Rio de Janeiro), fogo (CT do Flamengo) e ar (queda do helicóptero do jornalista Ricardo Boechat).
PRONTO Mal foi convocado pelo presidente da Câmara de Vereadores para assumir vaga na Câmara de Vereadores o suplente Edson Luiz do Nascimento, Paiol, distribuiu convite que estava pronto. Nele uma bem produzida foto e o texto de convite para seus amigos.
APELO A assessoria da deputada estadual Ada De Lucca (MDB) distribuiu ontem nota anunciando que ela fez um requerimento pedindo recuperação da rodovia Jorge Lacerda, ligação sul de Criciúma à BR-101. Inevitável lembrar que a necessidade vem desde os tempos do seu governo.
FRASE DO DIA
“Eu acho que quem deu a ideia de construir um rebaixamento na avenida Centenário na avenida Centenário fez isso para derrubar o prefeito.”
Zairo Casagrande, vereador de Criciúma contestando projeto do governo em construir uma passagem subterrânea para carros e para facilitar o deslocamento dos pedestres na região central da cidade.