A tragédia que gerou mudanças no futebol inglês
Há 30 anos, em 15 de abril de 1989, ocorria uma das maiores tragédias da história do futebol mundial e a maior do futebol inglês. Um tumulto causado pela invasão de uma parte das arquibancadas do estádio de Hillsborough, em Sheffield, na Inglaterra, matou 96 torcedores e feriu gravemente outros 766 durante a partida entre Liverpool e Nottingham Forest, válida pela semifinal da Copa da Inglaterra.
A tragédia começou quando a polícia, aos seis minutos de jogo, abriu o portão que dava acesso à arquibancada atrás do gol do Liverpool, invadida de imediato por milhares de pessoas.
Os torcedores que já estavam dentro do estádio foram empurrados de encontro ao alambrado e centenas acabaram pisoteados.
Tratou-se de uma tragédia de proporções ainda maiores do que a registrada no estádio de Heysel, em Bruxelas, em 1985, quando morreram 38 pessoas.
O Estádio Hillsborough tinha capacidade para 64 mil espectadores e estava lotado. Havia pouco espaço entre os portões e o alambrado. Na hora do desastre, muitos torcedores conseguiram saltar o alambrado atrás de um dos gols, e invadiram o campo de jogo. As vítimas morreram esmagadas e pisoteadas.
Após o ocorrido em Sheffield, o governo inglês batalhou para que os estádios fossem modernizados, a liga local se reestruturou até se tornar a mais rica do mundo e os casos de violência se tornaram raridades dentro dos campos de futebol na Inglaterra.