Maracajá alinha com a Casan
Aconteceu ontem (quarta-feira) a reunião que aproximou a renovação do convênio entre o município de Maracajá e a Casan. A empresa estadual deve permanecer na exploração do abastecimento de água no município. A reunião foi do prefeito Arlindo Rocha com a equipe chefiada pelo superintendente regional da Casan, engenheiro Gilberto Benedet Júnior. As cláusulas que a prefeitura busca incluir no novo contrato já haviam sido parcialmente debatidas com a presidente da Casan, Roberta dos Anjos e diretoria da empresa, semana passada, em Florianópolis. Na nova reunião estas propostas foram quantificadas. Maracajá quer o retorno para seu caixa de cinco por cento do faturamento da Casan no município, além de outros dois por cento deste faturamento em investimentos dos serviços na cidade e tarifa especial para órgãos públicos e igrejas.
Economia
Só nos últimos três anos os prédios públicos de Maracajá pagaram mais de R$ 135 mil. A única reivindicação feita pela administração que vai exigir estudos técnicos e legais da Casan é a da revitalização da Praça Frei Euzébio de Alfredo Chaves, cujo projeto foi apresentado em 3D. O investimento estimado é de R$ 300 mil e passa a ser analisado pela empresa.
Siderópolis
Ontem a presidente da Casan participou pessoalmente, em Siderópolis, da assinatura do convênio entre a empresa e a prefeitura para a gestão da água. O prefeito Helio Cesa Alemão conseguiu cerca de R$ 9 milhões de retorno com investimentos da empresa.
Vazamento
As negociações que a Casan vem fazendo trazem retorno bem melhor do que os anteriores. Estes casos são registrados em Siderópolis e Maracajá, cidades que antes apoiavam um movimento de enfrentamento com a empresa. Este grupo tinha ainda Criciúma, Forquilhinha, Nova Veneza e Içara. Maracajá e Siderópolis saíram.
Mais Maracajá
Em Maracajá dois projetos ganham destaque. O primeiro deles é o da aquisição de 250 câmeras para o videomonitoramento. O outro é o do asfaltamento da localidade de Espigão da Toca. O fato mais curioso em Maracajá é que a Câmara de Vereadores decidiu não incluir na pauta projeto de parceria da prefeitura com os moradores para fazer asfalto. É um tipo muito comum na região, mas os vereadores alegam que é inconstitucional e por isso nem farão análise. A prefeitura entra com a lajota do meio fio e a mão de obra e os moradores com o restante do material. O prefeito promete ir à sessão da semana que vem acompanhado de moradores para cobrar explicações.
Boataria
Autoridades do extremo sul do Estado empenhadas em manter mobilização pela construção da Serra da Rocinha correm atrás de boatos para diminuir o impacto negativo. Isso porque na última segunda-feira à noite o Secretário de Estado da Infraestrutura passou por Forquilhinha e disse que o Governo Federal não tem a BR-285 inscrita como prioridade nos próximos dois anos.
Pelo DNIT
Segundo o DNIT ele desconhece que os recursos já estão descentralizados. As mesmas autoridades devem solicitar um pronunciamento do agente estadual para clarear o que ele quis dizer quando falou pela União, já que a obra é federal.
Quer dizer
O que o secretário Carlos Hessler parece ter pretendido dizer é sobre manifestação antiga de que a prioridade em Santa Catarina seria a BR-480. Isso deverão houve, mas no caso do Sul a obra já foi iniciada e verbas destinadas. Se o governo federal não concluir o que começou terá sido enorme desrespeito, pois estaria tirando dinheiro de uma região para leva a outra.
No PP
Três nomes estariam na mira do senador Esperidião Amin à presidência do Partido Progressista. Pela ordem a presidência teria sido oferecida para Joares Ponticelli, Silvio Dreveck ou Altair Silva.
Frentão
Em Criciúma especula-se sobre uma reunião que teria ocorrido em Brasília entre o senador Esperidião Amin (PP) com o deputado Ricardo Guidi (PSD) e lideranças do PSD. A proposta seria um frentão que indicaria o progressista Jorge Boeira candidato para enfrentar Clésio Salvaro. A possibilidade soa estranho para quem conhece a realidade de Criciúma.
Igualzito
O que fica cada dia mais evidente é que o PSL do governador Carlos Moisés está lançando mão bem mais cedo do que se imagina das artimanhas da velha política para construir poder. Articulações em Joinville são com o MDB, em Criciúma podem ser com o PP e assim por diante, passando pela capital onde o governador estaria pretendendo uma aliança que unisse MDB e PP. Convenhamos missão quase impossível.
Laguna
O processo de estadualização do Terminal Pesqueiro de Laguna deve estar concluído em 30 dias. A Companhia Docas de São Paulo, que hoje administra o porto - tem interesse em repassar a gestão do terminal ao governo catarinense. A SCPar reafirmou interesse em assumir a gestão do terminal lagunense.
Histórico
O terminal portuário de Laguna era administrado desde 1975 pela empresa Portos do Brasil S/A (Portobras) extinta no início da década de 90. Depois disto, sua administração ficou vinculada a Codesp, por meio de um convênio celerado com o Ministério dos Transportes, ao qual a Codesp se subordinava.