PP trabalha para reorganizar a sigla
O senador Esperidião Amin e o ex-deputado Sílvio Dreveck estiveram em Criciúma na manhã desta segunda-feira para “apaziguar” o Partido Progressista. Em conflito desde a eleição da Executiva, realizada em agosto do ano passado, a sigla terá uma nova diretoria a ser eleita no dia 11 de março. Denunciada como eleição irregular a nova direção da sigla não tinha registro de filiação nem do presidente Paulo Conti, destituído por decisão da direção estadual. O partido viveu até então a divisão de um grupo que defendia a coligação com o atual prefeito Clésio Salvaro (PSDB) e outro que pretendia candidatura própria com Jorge Boeira candidato a prefeito. Na convenção ganhou o grupo de Boeira, mas ele não será candidato. Isso fragilizou o grupo e os defensores da ideia de pró-Salvaro. Foi escolhida uma comissão de cinco pessoas que irá organizar o que deve ser uma direção de consenso. São membros: Paulo Conti, Giovani Zappelini, Abraão de Souza, Valmir Comin e Fabrício Freitas.
AUSENTES – O ex-deputado Jorge Boeira justificou a sua ausência na reunião com um compromisso profissional na cidade de Araranguá. Outro ausente foi o vereador Edson Luiz do Nascimento, Paiol, que está em Florianópolis tratando da sua migração para o PSL.
TOM ELEVADO – Mais de uma vez o tom das falas se elevou na reunião do PP, especialmente quando o ex-presidente Paulo Conti contestou afirmando desmentir o vereador Miri Dagostin sobre procedimentos que teriam ocorrido ao longo da formação da direção destituída e mesmo após a eleição da Executiva.
DESFILIAÇÃO – Ao término da reunião o ex-presidente Paulo Conti foi ao cartório eleitoral buscar uma declaração sobre a sua filiação partidária. Isso porque durante a reunião, e antes, foi afirmado que ele estava filiado ao PSB. Na verdade Paulo não tem filiação partidária. Ele saiu do PSB em novembro de 2018. Já sobre a sua filiação ao PP, que não consta em lugar algum, disse que entregou a ficha ao então presidente Itamar da Silva, mas o documento desapareceu. Em síntese, os erros do PP eram tantos que nem o presidente eleito tinha filiação partidária.