O buzinaço que foi um sucesso porque não aconteceu
Não sei se foi graças a orientação do Ministério Público e ação vigilante da Polícia Militar, mas felizmente não tivemos em Criciúma o lamentável comportamento de bando, verificado em outras cidades, quando como se fossem de um rebanho as pessoas saíram correndo desavisados às ruas com a mão na buzina. As regras de flexibilização são públicas e razoáveis o que não justifica apelo pela retomada da atividade comercial em manifestação de massa. Só o que justificaria ato deste tipo é a subverniência ideológica ou personalista. O buzinaço em Criciúma não foi um fracasso, mas sim uma manifestação de maturidade.
O debate sobre a eficiência das medidas anti-coronavírus não é papo de boteco, nem de rede virtual. Se os especialistas divergem, quais são as nossas certezas? Melhor seria se gastássemos o tempo em busca de conhecimento ao invés de fazê-lo “catando” argumentos para justificar nossa ignorância. Deu. Basta. Será que não se percebeu ainda que só crava opinião sobre o assunto coronavírus aqueles que a usam como escudo na defesa ideológica? Nem as autoridades responsáveis por baixar decretos tem certeza no que determinam e logo se justificam apontando os seus técnicos como autores das normas. Ou alguém imagina que a economia parada mata politicamente apenas o presidente Jair Bolsonaro?