55 horas de tensão sem energia na capital
Após quase 55 horas sem energia, a maior parte dos moradores da ilha de Santa Catarina, que comporta 85% do território de Florianópolis, celebrava em 31 de outubro de 2003, por volta das 18h, a volta da luz depois de nove adiamentos.
Parte da população pôde acender lâmpadas mais cedo, às 11h, no centro (46 horas depois do apagão).
Aos poucos, o trânsito e o abastecimento de água começaram a ser normalizados. A distribuição hídrica estaria totalmente regular só depois de 72 horas, segundo a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento).
A segunda noite sem iluminação na parte insular da cidade teve arrombamentos de casas, incêndio provocado por velas em três casas geminadas e um estupro. Segundo o então comandante do policiamento metropolitano, Eliésio Rodrigues, o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) teve na oportunidade um aumento de 40% nas chamadas em relação à madrugada anterior. Cerca de 30% delas eram para atendimentos sociais, como transporte de doente ao hospital e socorro a gestantes.
Nas duas noites do blecaute, houve queda de 30% na média de ocorrências policiais na cidade, que varia de 500 a 600.
O Ministério Público Estadual abriu investigação para apurar as responsabilidades pelo acidente, que deixou cerca de 300 mil pessoas sem luz e água por mais de dois dias.
O blecaute ocorreu durante manutenção de cabos em uma galeria da Celesc sob a ponte Governador Colombo Machado Salles.