A maior tragédia da história de Criciúma
Em um 29 de março, só que do ano de 1978, uma quarta-feira, há 40 anos, a cidade de Criciúma amanhecia chocada. Uma explosão por volta das 2h30min da madrugada, levou abaixo a estrutura de um prédio de três andares provocando a morte de 13 pessoas na rua Henrique Lage, no centro da cidade.
As construções próximas ao prédio também sofreram abalos com vidros estilhaçados e portas de ferro retorcidas.
Praticamente toda a cidade ouviu a explosão, segundo à Rádio Eldorado, que estava no ar. No andar térreo do prédio funcionava a Casa das Blusas e Confecções Ltda. Nos quatro apartamentos do primeiro e segundo andares moravam cerca de 20 pessoas.
Criciúma parou e se mobilizou para velar os corpos na então Igreja Matriz São José. A tragédia jamais saiu da memória de quem foi contemporâneo da época.
Contudo, a causa das mortes ainda era um mistério. No entanto, a polícia não tardou em desvendar o que aconteceu naquela madrugada. Após uma rápida investigação, todos os indícios apontaram para o dono do prédio, o comerciante Raul de Oliveira, que acusado de forjar a explosão para receber um seguro da malharia que lhe pertencia e que se localizava no andar térreo, foi condenado no ano seguinte a 251 anos de prisão, dos quais cumpriu 17.
Outras três pessoas ligadas à Oliveira estiveram envolvidas com o crime, dentre eles o conhecido incendiário Olívio Francisco de Aguiar. Naquela noite, somente a família do comerciante, que morava no prédio, não se encontrava em casa.