MAIS OU MENOS MÉDICOS
O prefeito Murialdo Gastaldon, de Içara, é voz forte contra a decisão do futuro presidente Jair Bolsonaro em provocar o fim do programa “Mais Médicos” nos moldes que havia. Há duas razões para isso. A primeira é que nenhum outro município brasileiro tem proporcionalmente à sua população número tão significativo destes profissionais: são nove. A outra pode ser política, já que o prefeito é da veia petista. Foi PDT, depois PT até migrar para o MDB onde está hoje. Os cálculos que faz é de prejuízo anual na ordem de R$ 2 milhões para o município. Considera que antes mesmo de assumir o futuro presidente ajuda a desconstruir a saúde pública. A leitura dele não é diferente de outros prefeitos que entraram no programa, embora a origem política e a cautela ante o cenário ainda de “lua de mel” com o novo presidente sugere discurso que não seja de confronto. Afora isso há de se considerar que o discurso pró-programa “Mais Médicos” gera conflito com a classe médica brasileira.
ZERO CUBANO
A prefeitura de Criciúma não possui contrato com o programa “Mais Médicos”.
PARECE ÓBVIO
A classe médica brasileira não aceitou a “concorrência ou parceria” com os cubanos e está cheia de razões para isso. Qualquer raciocínio sobre o contexto chama atenção para os absurdos que tornam estes profissionais “escravos” do governo do seu país. Isso parece inegável. É plausível ainda que os médicos brasileiros exijam a lei para os cubanos assim como para qualquer médico de outro país que atue no Brasil: fazer o exame chamado “Revalida”.
E AGORA JAIR
Evidentes como os fatores reclamados, são os argumentos que os prefeitos que aderiram ao “Mais Médico” possuem. Alguns por prudência de posição política não se manifestam, mas à gestão pública estes profissionais socorreram as prefeituras, o que não pode justificar as atrocidades cometidas contra os próprios e algum risco aos pacientes. Por isso, agora o novo presidente aumentou seu compromisso em ter que suprir estas vagas.
ALERTA
Os holofotes teriam passado longe do novo governador de Santa Catarina durante o encontro de governadores em Brasília terça-feira. Isso é diferente do que os catarinenses mais otimistas imaginavam, pois o Comandante Moisés é o único governador do mesmo partido do presidente eleito Jair Bolsonaro da metade sul do Brasil. Há outros dois: Roraima e Rondônia. Parece mesmo que se vivermos da esperança da benção presidencial corremos sérios riscos.
A DÚVIDA
Das pessoas do atual governo que estão em contato com a equipe de transição do futuro governo as informações são de que nas conversas as coisas não são diferentes do que se apresentam para a mídia. Assim como estes interlocutores nada falam a respeito do futuro à imprensa, se mantém silenciosos com os interlocutores oferecidos pelo atual governo. A nova equipe restringe-se a anotar e anotar. Se for estratégia e sabem o que fazer, ótimo. O risco é o silêncio revelar desconhecimento.
NÃO É PSL
Informações de Chapécó dão conta de que o prefeito Luciano Bulligon, expulso do PSB por ter aberto campanha em favor de Jair Bolsonaro deve ir para o PP e não para o PSL do presidente da república como se esperava. Muito próximo de Gelson Merísio (PSD), Bulligon não seria bem vindo no PSL catarinense. No PP ele vira o principal prefeito catarinense da sigla.
ALÍ NÃO COMANDANTE!!!
Soou como absurdo a defesa feita pelo comando regional da Polícia Militar em instalar uma unidade militar no prédio do Centro Cultural Jorge Zanatta, no centro da cidade. Há de se considerar que ao comandante Cosme Manique Barreto cabe a preocupação com a segurança e a instalação de bases estratégicas faz parte do planejamento. Por isso agiu como deveria ter agido o “gerente” da cidade. O prefeito Clésio Salvaro chamou o militar para uma conversa e deixou claro que pode contribuir com qualquer outro lugar, menos naquele espaço destinado à cultura.
ORIGEM A defesa de instalação de uma base da PM no prédio do Centro Cultural Jorge Zanatta ocorreu na sessão da Câmara de Vereadores, na última terça-feira, quando o coronel Cosme Manique Barreto usou a tribuna a convite do vereador Júlio Kaminski.
PRONTIDÃO Hoje às 9h, na Casa da Cultura, acontece uma reunião extraordinária do Conselho de Cultura. A pauta é a proposta da PM em ocupar o Centro Cultural Jorge Zanatta.
O ASSUNTO Não houve um só da mais de dezena de contatos feitos ontem pela coluna para os mais diversos assuntos, que em algum momento não entraram na questão da audiência do ex-presidente Lula, terça-feira, quando levou uma enquadrada da juíza Gabriela Hardt
EMPODERAMENTO A reitora da Unesc, Luciane Ceretta, que é hoje a mulher que ocupa um dos cargos mais importantes da cidade foi para as redes sociais às 3h da madrugada de ontem para elogiar a atitude da juíza federal Gabriela Hardt na audiência do ex-presidente Lula.
CATEGORIA A classe dos professores anda preocupada. O ano de 2018 teve vários episódios trágicos na categoria. O episódio mais recente é a morte da professora Mariana Semprebon, que trabalhava no CEI AFASC Pequeno Mundo do bairro Vila Zuleima em Criciúma.
INDIGNAÇÃO Usuários da rodovia Jorge Lacerda indignados. Foi feita a pintura das faixas, nada mais. O trecho de acesso à BR-101 está cheio de valas, o que obriga os motoristas a manobras radicais e perigosas. A estatística registra o quão criminoso é este descaso.
LEITURA O entendimento dos usuários da rodovia Jorge Lacerda é de que com apenas a pinturas das faixas o Estado indica que nada fará no trecho.
FRASE DO DIA
“Parabéns para o futuro presidente pela desconquista. Consegui, sem assumir, criar o programa Menos Médicos”.
Murialdo Canto Gastaldon, prefeito de Içara, numa crítica à decisão do futuro presidente da república Jair Bolsonaro em relação ao programa “Mais Médicos” criado no governo do PT.