A VELHA PROMESSA
O novo presidente da Câmara de Vereadores em Criciúma assume com o discurso repetido por todos os presidentes desde o ano 2000, agora com a possibilidade de cumpri-lo. Trata-se da construção da nova sede do Poder Legislativo. Miri Dagostin (PP) deve reafirmar o compromisso no discurso de posse, dia 1º de janeiro, atribuindo boa parte do encaminhamento ao seu antecessor Júlio Colombo (PSB). O novo provável futuro endereço será onde funcionava o Ministério Público Federal contíguo à sede do Executivo no Parque Centenário. O prédio que ainda pertence à União deve ser ampliado, mas antes doado ao município. A constatação é que o local sofre com depredação e está emperrado na burocracia.
LEI DOS FOGOS
Já é certo que o novo presidente da Câmara de Vereadores de Criciúma deve promulgar a apresentada pela vereadora Ângela Melo (MDB) e aprovada por unanimidade, proibindo fogos de artifício que provoquem ruído. A aprovação ocorreu sem “grande barulho” pelos vereadores, mas não deve ser sancionada pelo prefeito Clésio Salvaro.
SEM RUÍDO
Sobre a lei proibindo foguetes em Criciúma o prefeito Clésio Salvaro não deve fazer qualquer barulho. Como ele vai silenciar, sem sancionar, nem vetar, a matéria voltará à Câmara cabendo ao presidente Miri Dagostin torna-la lei. Ele disse que fará isso com sala cheia. Quer os 17 vereadores na sala, ou seja, quer fazer barulho ao criar a lei.
FAÇA BARULHO
A lei proibindo o uso de fogos de artifícios que provoquem ruídos foi aprovada, está na prefeitura e deve demorar mais um mês para retornar à Câmara. Só em fevereiro deve ser sancionada. Como ela prevê entrada em vigor 60 dias após a sua sanção ou promulgação, os foguetes serão permitidos pelo menos até o final de março.
VEM PRÁ FESTA
Pelo segundo ano consecutivo a Caixa Econômica vai patrocinar a festa de aniversário de Criciúma, dia 6 de janeiro de 2019. O novo contrato repete os R$ 150 mil de 2018 e foi assinado ontem. Na edição passada as festividades aconteceram com a inauguração do Paço Municipal. A próxima edição ocorre com a inauguração do Parque do Imigrante.
CAÇADOR
O suplente de vereador Edson Luiz do Nascimento (PP), que tentou entrar na Câmara de Vereadores de Criciúma acionando a Justiça quando o vereador Daniel Freitas saiu do PP, voltou a usar o mesmo expediente depois que a vereadora Ângela Melo assumiu. Até então ainda não conseguiu. Como ele frequenta a Câmara com frequência, já ganhou o apelido de “caçador”.
NOVO SALÁRIO
O governador Eduardo Moreira vai sancionar hoje a lei que dá aumento aos deputados estaduais a partir do ano que vem. Dos atuais R$ 25,3 mil eles passarão a receber R$ 29,4 mil.
A REUNIÃO DE ÁGUAS MORNAS
O PSL, partido do governador Comandante Moisés tem focos de indignação como qualquer outra sigla. É o que se começa ouvir nos bastidores da formação da nova estrutura de governo. E os métodos da reclamação também são semelhantes à práticas dos tradicionais, reclamar à boca pequena através da imprensa. As referências são feitas ao que teriam sido dois momentos, um antes e outro após a eleição. Num deles, a chamada reunião ocorrida no município de Águas Mornas teria sido vendida a esperança de que os suplentes do partido seriam aproveitados. É destas fontes que surgem as principais reclamações. Por enquanto o bombeiro Moisés tem o “incêndio” sobre controle.
SEM FORÇA Em Criciúma, cidade acostumada a ocupar cargos importantes no governo do Estado a inquietação se espalha entre as lideranças de vários partidos e segmentos da sociedade civil organizada. Apesar do potencial econômico e histórico o PSL local não conseguiu emplacar um só nome.
SEM ECO Tanto o deputado federal Daniel Freitas quanto o deputado estadual Jessé Lopes não conseguiram ser ouvidos no partido. Por enquanto os olhos do novo governo alcançaram no máximo até Tubarão, onde está a relação de amizade do governador eleito e do presidente do partido.
TÔ LONGE O deputado federal Daniel Freitas tem dado luzes ao trabalho político com agendas em Brasília, enquanto em Santa Catarina o máximo que conseguiu foi recepcionar os companheiros de partido, entre eles o próprio governador, para uma confraternização em sua residência.
DESCONHECIDO O deputado estadual Jessé Lopes tem buscado por sua articulação alguma visibilidade, mas é outro personagem que sofre com a distância do governo do Estado. No dia da entrevista coletiva Jessé era apenas mais um dos muitos peesselistas que nitidamente estavam descolados num ambiente estranho.
DANDO TEMPO O setor empresarial de Criciúma já ensaia movimentos para começar a cobrar do novo governo algumas ações que sinalizam o olhar do comandante do Estado à região Sul. O fato do partido do sul ter sido ignorado na composição do governo pode servir de alerta para o tipo de reação que o setor deve ter em relação ao governo.
PELO JÚLIO É notada a expectativa da região Sul no fato de ter assegurado desde já que a presidência do Poder Legislativo será do deputado estadual Júlio Garcia, que é do Sul. Se não for por ele o extremo sul está fora do mapa do governo, pelo menos no que diz respeito à representatividade na administração.