Entenda o que é lockdown
É lockdown ou não é? Segundo o dicionário Oxford, um dos melhores da língua inglesa, o termo se refere a uma ordem oficial para controlar o movimento de pessoas e até mesmo de veículos.
Nos exemplos básicos, temos o caso de escolas, quando são invadidas nos EUA por atiradores, e é ordenado um lockdown: os professores trancam (lock, em inglês) as salas e ficam com seus alunos isolados dos corredores, enquanto os policiais impedem a entrada e a saída de pessoas das instalações escolares até uma segunda ordem, ou seja, até que a situação volte ao normal.
O termo começou a ser usado de maneira mais ampla na China com o isolamento de Wuhan, onde começou o surto. Em termos de países a Itália fechou suas fronteiras, ordenou que todos ficassem em casa, cancelou aulas e fechou todo o comércio e escolas. A Itália inclusive adotou multas para quem não ficasse em casa.
Assim o país europeu adotou um lockdown completo, que pode ser parcial também Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido, assim como vários outros países europeus, adotaram lockdowns com datas definidas. Desde o início de julho, o Reino Unido adotou um relaxamento maior das regras de lockdown.
O decreto de Tubarão determina o fechamento de comércio e controla o acesso a serviços especiais. Este é o modelo de lockdown completo: controla acesso inclusive em farmácias e supermercados (modelo italiano). Definidos como essenciais, o acesso a medicamentos e alimentos ficou isento também do lockdown (em português traduzido como bloqueio, isolamento) na Nova Zelândia (país que adotou um isolamento rigoroso desde o início da epidemia e teve recentemente três novos casos de coronavírus que vieram do exterior).
A Itália é considerada como outro país que adotou um modelo bem suceddido de controle do coronavírus pelo lockdown. O país registrou mais de 200 novos casos nas últimas horas, tem cerca de 50 pessoas nas UTIs e registrou 3 mortes nas últimas 24 horas. segundo os dados atualizados na tarde deste domingo (18).
O decreto de Tubarão é um lockdown praticamente completo com exceção dos serviços essenciais, que podem atender com 40% da sua capacidade e com entrada de uma pessoa por família.
O decreto do governo do estado de Santa Catarina na prática serviu para prorrogar o período de fechamento de escolas até setembro, muito embora o serviço continue com aulas virtuais, e o decreto aumenta um pouco mais as medidas restritivas limitando o transporte público, mas não constitui num novo lockdown.